
André Ventura passou 11 horas no Hospital de Faro, depois de se ter sentido mal durante um comício em Tavira. Recebeu alta às 09h44 da manhã desta quarta-feira, 15 de maio, e, segundo fonte oficial da unidade hospitalar, foi “assistido sem qualquer atenção especial do ponto de vista clínico”. Ainda assim, o líder do Chega esteve sempre afastado dos restantes doentes.
A decisão, aparentemente baseada apenas em critérios de segurança, foi comentada publicamente por Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, durante a campanha em Vila Nova de Milfontes. E a justificação deixou muitos boquiabertos. “Não podem querer que André Ventura vá para uma cama onde ao lado esteja, por exemplo, alguém de etnia cigana.”, afirmou o deputado, tal como refere o "Expresso".
Pedro Pinto reforçou que André Ventura “é um líder político especial”, que “é ameaçado e atacado nas ruas”, pelo que, na ótica do partido, deve receber um tratamento diferente até num hospital público.
As declarações geraram reações imediatas nas redes sociais, onde muitos criticaram o discurso discriminatório do deputado. André Ventura ainda não comentou o episódio nem a declaração do colega de bancada. Está previsto que Ventura regresse à campanha esta quinta-feira, 15.