O Infarmed pediu que a autópsia ao menino de 6 anos que morreu no domingo, 16 de janeiro, no Hospital Santa Maria fosse feita com urgência e assim se cumpriu. Está terminada, mas o Instituto Nacional de Medicina Legal diz que faltam exames complementares para tirar uma conclusão concreta sobre a causa da morte — que deverá chegar dentro de um mês.
"Estamos a fazer tudo para que seja o mais rápido possível, mas há exames complementares que precisam de tempo para estarem concluídos. Não depende de nós, as análises têm de ser processadas", afirmou a diretora da Delegação Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal, Eugénia Cunha, esta quarta-feira, 19, segundo o "Jornal de Notícias"
Esperava-se que a autópsia desse uma resposta, mas uma vez que foi inconclusiva, é ainda necessário reforçar a investigação com exames de anatomia patológica e toxicologia, segundo Eugénia Cunha ao mesmo jornal. "Precisamos destes resultados para interpretarmos tudo, só aí conseguiremos cruzar as informações”, continuou.
A mesma fonte refere que os resultados chegarão num mês "de certeza absoluta" e que permitirão apurar a verdadeira causa da morte. Esta terça-feira, 18, a equipa de médicos do hospital onde a criança infetada com COVID-19 deu entrada revelou que, no momento em que procederam à intubação para reanimarem o menino, detetaram sinais de vómito e engasgamento. O engasgamento, aparentemente por comida, é assim apontado como possível causa da morte.
Está também a decorrer um inquérito no DIAP de Lisboa, aberto pela Procuradoria Geral da República (PGR), sobre a criança de 6 anos que tinha sido vacinada contra a COVID-19 cerca de uma semana antes de dar entrada no hospital com uma paragem cardiorrespiratória. Segundo a comunidade pediátrica, não há razão para relacionar a vacina com a causa da morte.
"Temos de dar tempo para que se esclareça o que há para esclarecer. Os dados sobre a segurança e a eficácia da vacina são conhecidos e não podemos confundir as coisas. Infelizmente, todos os dias morrem crianças e esta questão da vacina pode não ter nada que ver com a causa da morte", refere o pediatra Caldas Afonso numa entrevista à MAGG.