Este sábado, dia 20 de julho, o concerto de Miguel Bravo no Porto Alto, em Benavenete, foi cancelado, uma vez que este foi detido no camarim pouco antes de subir a palco. E se, inicialmente, se julgava que a detenção se devia a suspeitas de burla por parte do cantor a várias comissões de festas, a gravidade da situação acaba de se adensar.
O cantor já estava a ser investigado há meses e em causa poderão estar também crimes sexuais que, alegadamente, o artista terá cometido contra menores de idade, diz o "Correio da Manhã". Miguel Bravo vai ser presente a primeiro interrogatório judicial esta segunda-feira, 22 de julho, no Tribunal de Instrução Criminal de Évora.
A detenção e o cancelamento do espetáculo foram avançados num comunicado da Comissão de Festas do Porto Alto, que, aquando do concerto, subiu ao palco para deixar umas palavras. "Acho por bem esta comissão de festas vir a este palco dar a cara. Dar a cara por um problema que foi completamente alheio a nós", começou por explicar um dos representantes.
"Hoje, eu pessoalmente recebi o Miguel Bravo. Fui eu que lhe dei a chave do camarim, fui eu que dei a ele e ao colega as primeira águas", continuou. "Ao fim de um quarto de hora, a polícia judiciária invadiu o camarim e deteve o Miguel Bravo. Por isso, quero pedir a todos desculpa e compreensão", rematou.
O cantor, natural da Azaruja, no concelho de Évora, sempre mostrou aptidão para a animação de bailes. Por isso, em 2021, destacou-se no programa "Got Talent Portugal", que fez com que a sua carreira fosse lançada. Entretanto, tem sido um percurso conturbado, visto que é frequentemente acusado de marcar espetáculos em simultâneo e de não comparecer a muitos deles, ficando a dever o valor do sinal às organizações dos eventos.