Marco Caneira, filho de 44 anos de Ágata, foi detido a 22 de setembro depois de a GNR de Castro Marim ter recebido uma ocorrência de um eventual crime de importunação sexual sobre menores, na região de Faro. O homem identificou-se verbalmente com um nome falso e, depois, mostrou uma cópia de um cartão de cidadão que tinha no telemóvel. A verdadeira identidade só foi descoberta depois de os inspetores da PJ realizarem as diligências.

Filho de Ágata mostra cartão de cidadão falso à GNR após queixas de importunação sexual a menores
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O crime ocorreu nas imediações do recinto onde decorria uma festa motard. Marco Caneira é suspeito de ter aliciado duas raparigas menores com bebidas alcoólicas, levando-as a partilharem experiências de cariz sexual. Pelo menos uma delas, com 16 anos, apresentou queixa e alega ter sido assediada sexualmente pelo produtor musical.

Ao realizarem as diligências relativamente a este crime, confirmaram que o homem de 44 anos tinha pendente um mandado de detenção para cumprir uma pena de prisão efetiva de seis anos e meio por violar uma jovem de 14 anos, nos Açores, em setembro de 2016, no final de uma festa popular realizada na ilha de São Miguel.

Segundo a “Vidas” noticiou na altura, terá levado a menor para uma sala da junta de freguesia e obrigou-a a praticar sexo oral e anal. Marco Caneira também estava acusado dos crimes de pornografia de menores e importunação sexual, por ter enviado fotos nu e propostas sexuais a uma outra menor, prima da vítima, segundo a “Flash!” divulgou na época.

Em 2018, já tinha sido condenado pelo Tribunal de Ponta Delgada, mas recorreu e, cerca de um ano depois, o Tribunal da Relação confirmou a pena aplicada em primeira instância. Voltou a recorrer, mas a Justiça voltou a confirmar a condenação. O homem escondeu o processo-crime de quase todos os familiares, incluindo da mulher.

A primeira batalha judicial do produtor musical ocorreu em 2016, quando teve de pagar uma indemnização a uma ex-namorada depois de ter gravado as relações sexuais e as imagens terem ido parar à Internet. No processo, não ficou provado que o filho da cantora era o responsável pela divulgação destas, mas como o vídeo saiu do seu computador, teve de pagar 10 mil euros à mulher.

Na altura, Ágata referiu numa entrevista à TVI que acreditava na inocência do filho e que este estava a ser vítima de oportunistas. “Conheço muito bem o meu filho. Ele é uma pessoa bastante sensível, educado, amigo do seu amigo, educado e gentil. Houve uma maldade muito grande que lhe fizeram. O único problema do meu filho é ser muito dado”, disse a cantora. “O meu filho está a passar por uma fase muito complicada e está a ser julgado por um crime que não cometeu. Se não fosse o filho da Ágata, não estaria a passar por isto”, acrescentou.

O homem, que esteve em isolamento no Estabelecimento Prisional de Faro, pediu mudança de cadeia mal fez o registo de admissão, querendo ser transferido para um estabelecimento prisional adequado a condenados por crimes sexuais, já que estes são alvos prioritários de agressões por parte dos outros reclusos. Atualmente, está na Carregueira, em Sintra, também isolado, fazendo as refeições e o recreio sozinho e sem ter contacto com os restantes prisioneiros.

Ágata também está a sofrer as consequências da detenção do filho. Há alguns dias, deparou-se com o vidro do carro estilhaçado, para além dos maus-tratos durante os concertos, segundo a “Flash!”.

Depois da detenção se ter tornado pública, Ágata, que era uma das 13 concorrentes da segunda temporada de “Hell’s Kitchen Famosos”, na SIC, que vai estrear este domingo, 6 de outubro, deixou de aparecer às gravações e vai ser dada como desistente no programa. Contudo, a cantora vai rumar aos Estados Unidos com Élvio Santiago, ontem tem três espetáculos marcados de 25 a 27 de outubro.