O esquadrão que tem como inimigo a EMEL apresenta-se como “um grupo restrito de amigos de longa data” e já destruiu várias centenas de equipamentos da empresa, entre eles parquímetros, radares e carrinhas.

Os membros do grupo revelaram que o motivo por detrás dos seus ataques é o sentimento de serem “todos vítimas, de forma reiterada, da EMEL e dos radares”, segundo refere o “Observador”

Como os membros do grupo não têm “tempo nem meios para investir em processos morosos e dispendiosos”, a destruição foi a forma escolhida para mostrarem a sua revolta: vandalizaram 150 parquímetros, inutilizaram 15 radares e queimaram três carrinhas da EMEL.  

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A forma como preparam os ataques não tem uma fórmula mágica, mas nota-se que, em alguns casos, são meses de preparação. Os alvos são selecionados, o local estudado, as probabilidades de falhar analisadas e as estratégias melhoradas. Quando consideram que chegou o momento certo, avançam, salienta o mesmo jornal.

O grupo usa ácido, fogo (juntamente com garrafas cheias de gasolina) e outras técnicas para provocar os estragos. Despejam ácido sobre os parquímetros de Lisboa, cortam os cabos dos radares, enchem os postes de espuma expansiva e lançam fogo às carrinhas da EMEL. O esquadrão afirmou, em carta enviada ao jornal “Observador”, que o seu único objetivo é mostrar que “a prepotência e a arbitrariedade de instituições predatórias e parasitas tem limites [e] que os cidadãos têm direito à revolta”.  

Apesar de a EMEL reconhecer a existência do grupo, o impacto dos ataques parecem ser relativizados pela empresa. Por isso, o esquadrão desconhecido decidiu documentar as  ações dos seus membros. Enviou ao jornal português, juntamente com a carta, uma pen com 334 ficheiros, como fotografias e vídeos. O primeiro é de 3 de dezembro de 2021 e o último do dia 22 de setembro de 2025.