O Conselho de Ministros reune esta quinta-feira, 25 de novembro, às 09h30, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, para decidir quais as medidas de combate à pandemia em Portugal, cujos novos casos ultrapassaram a barreira dos três mil esta quarta-feira, 24, número que já não se registava desde 23 de julho. A precisamente um mês do Natal, o governo tem várias hipóteses em cima da mesa, como a apresentação de duplo certificado, uso de máscara em espaços fechados e adoção do teletrabalho sempre que possível.

Estas são algumas ideias reveladas pelo primeiro-ministro António Costa na reunião com os partidos esta terça-feira, 23 de novembro, após ouvir os peritos no Infarmed, e que esta quinta-feira podem mesmo vir a ser anunciadas pelo governo caso sejam aprovadas em Conselho de Ministros.

No futuro, pode ser tão fácil levar uma vacina contra a COVID-19 como beber um iogurte
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O duplo certificado consiste na apresentação do certificado de vacinação e de um teste à COVID-19 feito 48 horas antes do acesso a estabelecimentos como bares, discotecas e grandes eventos desportivos ou culturais. Nestes mesmos espaços pode vir a ser obrigatório o uso de máscara, bem como na generalidade de espaços fechados. Quanto aos restaurantes e hotéis, deverá apenas voltar a ser pedido o certificado digital.

Até serem anunciadas as novas medidas, mantêm-se em vigor aquelas que foram anunciadas a 1 de outubro a propósito do Plano de Levantamento Gradual das Restrições, que manteve a obrigação do uso de máscara em transportes públicos, lares, hospitais, salas de espetáculos e eventos e em grandes superfícies.

Outra das medidas em cima da mesa é o regresso do teletrabalho, que pode voltar a ser recomendado sempre que possível, não só como forma de prevenir o contacto entre pessoas nas empresas, como os ajuntamentos em horas de ponta — vantagem que foi sublinhada pela líder do Pessoas Animais Natureza (PAN), Inês Sousa Real.

As medidas decididas esta quinta-feira terão um período alargado de atuação, uma vez que o governo está a pensar em estender as restrições até "meados de fevereiro”, como confirmou ao jornal "Observador" uma fonte partidária que esteve reunida com o primeiro-ministro. A previsão coincide com a data em que já estará definido o novo Parlamento, uma vez que as eleições  antecipadas estão marcadas para 30 de janeiro.