Uma vez impedidas de sair de casa, as pessoas viraram-se para o online. Não só trabalhamos remotamente, como optamos por fazer compras de bens alimentares, roupa e eletrodomésticos através do computador. Em resultado de uma maior procura por este tipo de serviço — no ano passado registou-se o crescimento mais elevado de utilizadores do e-commerce em 18 anos, de acordo com dados revelados em novembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) —, as lojas respondem com novas ofertas: a Salsa vai passar a vender a marca Black Limba e a Mango seguiu os mesmos passos e acaba de lançar um marketplace no qual venderá coleções da Intimissimi.

A Salsa já tinha lançado em maio de 2020 o projeto Brand New Friends, mas só agora se consolida com a nova parceria com a marca espanhola Black Limba, que inclui um total de 11 peças de "loungewear dos dias confinados", como caracteriza a marca em comunicado. Esta terça-feira, 23 de fevereiro, Cata Vassalo também se juntou à marca, com uma nova coleção de 12 peças exclusivas feitas a partir de desperdícios da produção de peças de vestuário da Salsa.

Cata Vassalo lança coleção de acessórios feitos a partir do desperdício de peças da Salsa
Cata Vassalo lança coleção de acessórios feitos a partir do desperdício de peças da Salsa
Ver artigo

À semelhança da roupa desportiva e confortável da Black Limba à venda na Salsa, a Mango decidiu apostar neste tipo de vestuário, ideal para estar em casa. No novo marketplace, disponível em seis países entre os quais Portugal, é possível encontrar peças da Intimissimi, propriedade do grupo Calzedonia, que é a primeira de outras parcerias que a marca quer estabelecer. "O nosso objectivo não é transformar-nos num marketplace multimarcas de massas, mas ampliar a nossa oferta comercial lado a lado com marcas que se enquadrem no nosso posicionamento", explica a diretora de online e clientes da Mango, Elena Carasso, de acordo com o jornal "Público".

As novidades nas compras online não ficam por aqui e há várias lojas que mantêm as vendas no respetivo site como até aqui mas, para incentivar os consumidores, tornaram as entregas dos artigos ao domicílio gratuitas. É o que está a acontecer com a Worten — que lançou também o serviço tele-Resolve, que junta o novo serviço Recolhe e Repara ao serviço de assistência técnica remota, lançado em abril —, a Fnac e as peças de calçado do designer Luís Onofre (a partir de determinado valor de compras).

Outros modelos são adotados, por exemplo, pelo El Corte Inglés, que disponibiliza a "Entrega no Dia, que permite entregas em 2 horas ou à hora que for mais conveniente para o cliente, ou o novo serviço El Corte Inglés Plus, que permite, por 19,90 euros ao ano, receber em casa as compras feitas online durante um ano". Também a Sonae MC, que detém o supermercado Continente, apostou numa subscrição mensal, a EntregaZero, em que os clientes têm "entregas ilimitadas durante um ano ou 100 dias, sem custos adicionais".

Já a cadeia Ikea, não aboliu os custos de envio, mas baixou os preços. "Nesta fase, e uma vez que os nossos Click& Collect e Pontos de Recolha de todo o país estão encerrados, decidimos baixar em 10€ o valor de todas as entregas à porta de casa, ou seja, 19€ na Zona 1 e 29€ na Zona 2", diz, de acordo com o "Dinheiro Vivo".

Estas iniciativas resultam do facto de as marcas terem sido impedidas pelo Governo de fazer campanhas de publicidade nos meios de comunicação social, obrigando a uma reivenção das mesmas. "Face a esta proibição, houve uma resposta e adaptação imediata da comunicação, para ir ao encontro do que a lei estabelece, mas continuando a informar os consumidores do propósito e posicionamento de marca", afirma Rui Freire, diretor-geral da agência de meios Initiative. "As marcas têm canalizado uma maior fatia do seu investimento para gerar tráfego também às suas plataformas online", acrescenta.

As coisas MAGGníficas da vida!

Siga a MAGG nas redes sociais.

Não é o MAGG, é a MAGG.

Siga a MAGG nas redes sociais.