Na última semana, perto de 40% dos doentes internados nos hospitais em camas COVID-19 deram positivo para o SARS-CoV-2, mas ficaram no hospital por outros motivos.

Os dados foram recolhidos pelo Ministério da Saúde num levantamento feito na última semana, em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e as administrações regionais de saúde, e indicam ainda que entre 55% e 60% dos casos reportados pelos hospitais "dizem respeito a doentes cuja admissão a internamento ocorreu devido à COVID-19", avança o "Diário de Notícias".

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"Considerada a situação epidemiológica atual de circulação prevalente da variante Ómicron, em que muitos utentes apresentam quadros assintomáticos ou de doença ligeira, admite-se que exista ocupação de camas COVID-19 por doentes com outras patologias e cujos internamentos possam ter sido motivados por essas outras circunstâncias, mas que se encontram em camas/alas dedicadas a doentes positivos para SARS-CoV-2", refere a tutela e a DGS, numa resposta conjunta enviada à Lusa, citada pelo "DN".

O levantamento em questão foi feito junto dos hospitais para perceber a dimensão da coexistência de doentes internados por COVID-19 e de doentes internados por outras causas, mas positivos para o SARS-Cov-2.

"Os internamentos reportados no relatório de situação diário correspondem aos dados remetidos pelos hospitais relativos ao total de camas ocupadas no final do dia anterior por doentes internados que testam positivo ao SARS-CoV-2, independentemente de a COVID-19 ser diagnóstico principal ou secundário", frisam ainda, realçando que a causa do internamento só é apurada aquando da alta do doente.

Na resposta, o Ministério da Saúde e a DGS indicam também que a realidade nos hospitais entre janeiro de 2021 e novembro de 2021 era diferente, adiantando que, nessa altura, entre 75% e 85% dos internamentos COVID-19 tiveram como diagnóstico principal a COVID-19, lê-se na notícia avançada pelo "DN".