Há mais 105 mortes e 1944 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta quinta-feira, 18 de fevereiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.

Com a pandemia são cada vez mais os licenciados a oferecer-se para trabalho doméstico, um fenómeno que se assemelha ao vivido durante a crise económico entre 2008 e 2013, noticia esta quinta-feira o "Jornal de Notícias".  "Estamos a receber muitos currículos de pessoas licenciadas, que não foram colocadas nas suas áreas de formação ou de experiência, e que nunca trabalharam nesta área", afirma Inês Troni da BemMeCare, empresa especializada no recrutamento e na seleção de serviços domésticos, ao "JN".  Segundo Inês, no último trimestre de 2020, foram mesmo muitas as autocandidaturas, não só por parte de licenciadas, como também de "trabalhadoras vindas do setor da hotelaria e da restauração que a crise atirou para o desemprego" — um dos setores mais afetados pela pandemia da COVID-19.

Em 2020, mais de 80% dos beneficiários do apoio à família foram mulheres
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A marcar a atualidade desta quinta-feira está ainda o novo estudo divulgado pela Sociedade Europeia de Cardiologia, na publicação European Heart Journal, que revela que mais de metade das pessoas hospitalizadas com COVID-19 grave apresentaram lesões no coração que foram detetadas apenas um a dois meses após a alta clínica. O estudo envolveu 148 doentes de seis hospitais de Londres dos quais 80 (54%) apresentavam cicatrizes ou lesões no músculo cardíaco — incluindo miocardite, enfarte do miocárdio e isquemia.

Os dados foram comparados com um grupo de controlo de doentes sem COVID-19 e com 40 voluntários saudáveis. Após avaliados, todos os 148 doentes revelaram ter níveis altos da  proteína troponina no sangue, indicador de uma inflamação no coração.