Há mais 16 mortes e 2.535 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta quarta-feira, 21 de outubro, pela Direção-Geral da Saúde, no novo boletim epidemiológico. No total, o País regista agora 2.229 mortes e 106.271 casos de contágio.
Os novos dados são atualizados no momento em que se sabe que esta segunda-feira, 19 de outubro, a linha SNS24 atingiu o número mais alto de sempre em chamadas com mais de 23 mil chamadas num só dia. No total, foram 23.373 chamadas, segundo os números dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, revelados pelo jornal "Público".
Em 2019, no mesmo dia, a linha SNS24 recebeu 3.483 chamadas — o que corresponde a uma diferença de quase 20 mil telefonemas. Os outros dois momentos em que, ao longo deste ano, aa linha recebeu um grande fluxo de chamadas foi a 15 e a 16 de outubro.
Quanto à evolução da pandemia em Portugal, António Costa diz que é "impensável" o regresso a um estado de emergência embora não se sinta capaz de, neste momento, rejeitar qualquer medida de combate e prevenção ao surto.
"Não posso excluir nenhuma medida, mas devo procurar dizer aos portugueses o seguinte: o custo dessas medidas é imenso. O custo social. Quando encerrámos as escolas, foi fundamental, mas ninguém tem dúvidas do custo que isso teve para o processo de aprendizagem das crianças. Quando proibimos durante meses a visita aos lares, sabemos bem o custo emocional que isso teve para o conjunto dos idosos", explicou esta segunda-feira, 19 de outubro, em entrevista ao "Jornal das 8".
E continuou: "Aquilo que desejo é o que todos desejamos. A generalidade das famílias, que vivem em Lisboa ou no Porto, têm família espalhada por todo o País. Uma medida dessa natureza [da restrição da movimentação dentro do País, como aconteceu na Páscoa] seria brutal. As pessoas têm de se organizar de forma distinta para celebrar o Natal. Privar as pessoas de se deslocaram seria uma coisa terrível."