Há mais 17 mortes e 1.949 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta segunda-feira, 19 de outubro, pela Direção-Geral da Saúde, no novo boletim epidemiológico. No total, o País regista agora 2.198 mortes e ultrapassou as 100 mil infeções desde o início do surto com 101.860 casos de contágio detetados.
Os novos dados são atualizados no mesmo dia em que se sabe que pelo menos três festas entre estudantes de Erasmus estiveram na origem de um surto que, até à data da publicação deste artigo, infetou 197 estudantes repartidos entre o Instituto Politécnico do Porto, a Universidade do Porto e a Universidade de Aveiro.
A proximidade entre as duas cidades é o suficiente para explicar estes números, uma vez que é habitual estudantes de Aveiro deslocarem-se até ao Porto com o objetivo de participar em festas estudantis.
Na base desse surto, que impactou especialmente a comunidade espanhola de estudantes que se relaciona entre si, terá estado a organização e participação em pelo menos três festas. O contágio potenciou-se pelo facto de "muitos destes alunos partilharem casa", mesmo entre aqueles que não estiveram presentes nessas festas, explica José Castro Lopes, pró-reitor da Universidade do Porto e coordenador da equipa de despiste da COVID-19 na instituição, ao "Público".
O foco de contágio entre alunos de Erasmus no norte do País é também o principal responsável pela totalidade dos 483 casos de infeção no ensino superior, avança a mesma publicação baseando-se numa recolha feita junto das várias instituições e dos mais de 380 mil estudantes inscritos.
Neste contexto, é na Universidade do Porto, na Universidade de Aveiro e no Instituto Politécnico do Porto que se concentram a totalidade de 71% dos casos com 231, 78 e 36 casos de contágio identificados, respetivamente. Em Lisboa, só a Universidade Nova de Lisboa apresenta um número elevado de infeções, com 57 casos de contágio confirmados até agora.