Há mais 17 mortes e 2.232 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta terça-feira, 10 de agosto, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico referente à evolução da crise sanitária no País.
Os novos dados surgem no dia em que a DGS atualizou a decisão quanto à vacinação dos mais jovens recomendando agora que todos os adolescentes dos 12 aos 15 anos sejam vacinados, sem ser necessária uma autorização médica. Em conferência de imprensa, a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, referiu que os mais de 15 milhões de adolescentes vacinados nos EUA e na União Europeia confirmam que episódios de miocardite são "extramente raros".
A marcar a atualidade está também a preocupação demonstrada pela Ordem dos Enfermeiros (OE) que considera prematuro falar em imunidade de grupo e no fim da obrigatoriedade da máscara, considerando que está a ser passada "uma falsa segurança".
"Devido às novas variantes, o patamar para se atingir a imunidade de grupo deve ser entre os 80% e os 85% de população com a vacinação completa", declarou a OE em comunicado, citada pela SIC Notícias. Deste modo, independentemente dos números de infeções e mortes em agosto e setembro, a Ordem mostra não concordar com o fim da utilização da máscara em outubro, avança o mesmo jornal.
Um estudo recente publicado no BMJ Global Health, revela agora que a erradicação global da COVID-19 é "provavelmente viável", graças à vacinação, às medidas de saúde pública e ao interesse global em controlar a pandemia.
"Embora a nossa análise seja preliminar, com vários elementos subjetivos, parece colocar a erradicação da COVID-19 dentro do campo do possível, especialmente em termos de viabilidade técnica", afirmam os autores do estudo que compara fatores técnicos, sociopolíticos e económicos de infeções poliomielite e varíola, lê-se no "Diário de Notícias".
Apesar de reconhecerem que, em relação à varíola e à poliomielite, os desafios técnicos da erradicação da COVID-19 incluem a baixa aceitação da vacina e o surgimento de variantes mais transmissíveis, os especialistas destacam também que há um "interesse global sem precedentes no controlo da doença e no investimento maciço na vacinação contra a pandemia". Além disso, ao contrário da varíola e da poliomielite, os especialistas realçam que a COVID-19 beneficia do impacto adicional das medidas de saúde pública, lê-se ainda no diário.