Há mais 38 mortes e 691 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta terça-feira, 2 de março, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.

Os novos dados surgem no dia em que Portugal entra no 12.º Estado de emergência que se mantém até ao dia 16 de março. Quanto às restrições, vigoram as mesmas regras dos últimos 15 dias. O recolhimento domiciliário mantém-se e a proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana também. O ensino à distância continua a ser obrigatório e o comércio não essencial e a restauração continuam com as mesmas limitações.

Um ano de COVID-19 em Portugal. 12 meses que nos transformaram para sempre
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Esta terça-feira assinala-se ainda um ano desde que foram confirmados os primeiros dois casos de COVID-19 em Portugal e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez questão de assinalar o dia com uma mensagem ao País onde elogia o Serviço Nacional de Saúde. "A importância primordial do Serviço Nacional de Saúde e dos seus dedicados profissionais, a complementaridade dos setores social e privado, ficaram claras para o cidadão e para a sociedade, a forma meritória como se organizaram na resposta à pandemia deixou evidente que este é um dos bens maiores que o País dispõe. Com a certeza de que o que façamos hoje irá determinar o nosso futuro, existem ainda muitas incertezas sobre qual vai ser a evolução desta pandemia", escreveu o chefe de Estado.

Desde o dia 2 de março de 2020, Portugal registou já 804 956 casos da doença, 720 235 pessoas já estão recuperadas e há ainda a lamentar 16 351 mortes. 

A marcar a atualidade está ainda a divulgação de dois estudos preliminares que revelam que a nova estirpe da COVID-19 detetada no Brasil poderá ter uma carga viral até dez vezes mais elevada, sendo ainda capaz de iludir o sistema imunitário de quem já possuía anticorpos. "Provavelmente faz as três coisas ao mesmo tempo: é mais transmissível, invade mais o sistema imunitário e, provavelmente, deve ser mais patogénica", disse esta segunda-feira, 1, à agência espanhola "EFE" Ester Sabino, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenadora do grupo da USP que participou da investigação realizada pelo Centro Brasil-Reino Unido para a Descoberta e Diagnóstico de Abrovírus (CADDE), citada pelo "Jornal de Notícias".