Há mais seis mortes e 1746 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta terça-feira, 29 de junho, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico referente à evolução da crise sanitária no País.
Numa altura em que a variante Delta já representa 55% dos novos casos de COVID-19 em Portugal, noticia esta segunda-feira, 28, a "RTP", o médico intensivista José Artur Paiva já admitiu que, com esta variante, a imunidade de grupo só se deverá atingir perto dos 85%.
José Artur Paiva, que pertence também à Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19, sublinhou, em declarações à Lusa, que o grande determinante do aumento de doentes em medicina intensiva é o aumento da transmissibilidade do vírus, e que quanto mais transmissível for o vírus, mais difícil é atingir a imunidade de grupo, escreve o "Público". "Com esta variante [Delta], o atingimento da imunidade grupo não se fará nos tais 70%, mas sim com valores muito perto dos 85% de imunização", afirmou o especialista citado pelo mesmo jornal.
José Artur Paiva considera ainda que, pela segunda vez, Portugal foi lento na resposta ao aparecimento de uma nova variante e defende estudos de sequenciação numa quantidade mais significativa de amostras.
"Fazendo-o numa amostra não selecionada, mas estando muito atento aos casos de doença que aparecem e que são mais prováveis estar associados a novas variantes, como os que aparecem em pessoas vacinadas, os que aparecem em pessoas que já tiveram COVID-19 e estão a ter novamente e até os casos que aparecem com formas atípicas da doença", disse em declarações à agência Lusa, citado pelo "Jornal de Notícias". Para o especialista, "um enfoque grande no estudo sequencial deste tipo de casos é uma boa maneira de deteção precoce do aparecimento destas novas variantes".
A marcar a atualidade nacional está ainda a confirmação de que a primeira e segunda doses da vacina devem ser tomadas no mesmo local. O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo já tinha admitido que seria possível vacinar fora da área de residência durante as férias, mas afinal essa opção não está, para já, em cima da mesa, noticia a "SIC".
Fonte do grupo de trabalho confirmou ao canal que "por uma questão de organização e para não complicar ainda mais o processo", a primeira e segunda doses devem ser administradas no mesmo centro da vacinação, lê-se.