Há mais 6 mortes e 309 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta segunda-feira, 29 de março, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.
Os dados surgem depois de este fim de semana terem já sido vacinados contra a COVID-19 mais de 56 mil professores e pessoal não docente. Segundo Henrique Gouveia e Melo, coordenador do grupo de trabalho da vacinação, o primeiro dia da operação, que aconteceu este sábado, 27 de março, foi um "indicador de sucesso", contudo o vice-almirante fez questão de realçar que, para acelerar o processo de vacinação, o País precisará agora de contratar mais profissionais de saúde.
"Vai ser necessário, certamente, contratar profissionais de saúde. Quantos? É o que nós estamos a apurar neste momento", afirmou Gouveia e Melo em Faro, onde acompanhou o segundo dia de vacinação com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Também este domingo, 28 de março, Marcelo Rebelo de Sousa referiu ser urgente adotar medidas sociais para a situação pandémica vivida no País e promulgou três diplomas nesse sentido. Contudo, o governo de António Costa não concordou com a decisão uma vez que considera que a lei viola a constituição. As leis em causa estabelecem um conjunto de medidas de apoio no âmbito da suspensão das atividades letivas e não letivas presenciais; a existência de mecanismos de apoio no contexto do estado de emergência; e mecanismos excecionais de gestão de profissionais de saúde para realização de atividade assistencial, no âmbito da pandemia da COVID-19.
A marcar a atualidade nacional está ainda a decisão do governo de prolongar as restrições aéreas, bem como as terrestres, até 15 de abril de modo a conter a propagação do novo coronavírus em Portugal. Esta segunda-feira, 29, foi anunciado que as medidas incluem a suspensão de todos os voos com origem e destino no Brasil e no Reino Unido sendo a única exceção a de "voos de natureza humanitária, para repatriamento de cidadãos nacionais, da União Europeia e de países associados ao Espaço Schengen, e seus familiares".
Nestes casos, os viajantes têm de apresentar teste negativo à COVID-19 — que deve ser "realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque" — e cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias, tal como refere a nota do gabinete do ministro da Administração Interna divulgada pela TVI24.