Há mais 65 mortes e 4.146 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 25 de dezembro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.

Os novos números são apresentados no dia de Natal, período festivo em que o Governo foi mais brando em relação às restrições, apelando ao bom senso das famílias. Segundo o jornal "Público", foram feitos mais de 23 mil testes à COVID-19 num dia, de forma a preparar a época, garantindo que esta é passada segurança. O número representa quase 50% das amostras processadas no dia com mais testes ao novo coronavírus, desde o início da pandemia. 

Além disso, na quarta-feira, 23 de dezembro, um estudo sobre a diversidade genética do vírus SARS-CoV-2 revelou três novas variantes do vírus a circular em Portugal, apesar de nenhuma das combinações coincidir com a estirpe que está no Reino Unido, diz o relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

A nova variante é resultado das mutações que o vírus apresentou nesta segunda vaga. “Verificámos agora neste estudo que fizemos em colaboração com o Instituto Gulbenkian de Ciência [IGC] que as variantes que estão a caracterizar esta segunda vaga em Portugal têm mutações que não estavam descritas durante toda a primeira vaga”, disse, citado pelo "Público", João Paulo Gomes, responsável pela unidade de bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do INSA.

“É normal que isso aconteça, passou um ano desde que o vírus apareceu a infectar os seres humanos, portanto, é perfeitamente normal”, disse o coordenador do estudo, citado pelo mesmo jornal. Uma das variantes representa 70% das amostras analisadas para o estudo. “Uma das mutações que caracteriza uma variante que apareceu em Espanha há alguns meses e que se disseminou pelo resto da Europa a uma velocidade espantosa”.