Há mais 67 mortes e 1940 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 19 de fevereiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.
A marcar a atualidade continua o atraso na entrega de vacinas contra a COVID-19 que levou o novo coordenador da task force, Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo, a fazer uma alteração no plano inicial de vacinação. Ao "Expresso", Gouveia Melo explica que 90% das vacinas disponíveis em Portugal destinam-se agora a "salvar vidas" e apenas 10% a "ir reforçando a resiliência do Estado em período de pandemia". Deste modo, a prioridade vai para as pessoas com 80 ou mais anos e pessoas entre os 50 e os 79 anos que apresentem outras doenças de risco.
A nova definição de prioridade, devido à escassez de vacinas, faz assim retardar a vacinação de profissionais de serviços essenciais do Estado, que fazem também parte da primeira fase do plano. Forças Armadas e forças de segurança, bombeiros, elementos de órgãos de soberania, como tribunais e o Parlamento, e mesmo médicos que não estejam na linha da frente serão vacinados mais tarde. Segundo o coordenador da task force, a situação trata-se de "um exemplo de adaptação do plano às condicionantes exteriores, preservando e focando a resposta no que é, de momento, mais premente e essencial". Ao "Expresso", o vice-almirante esclarece ainda que este "enfoque superior ao objetivo de salvar vidas" acontece quando "já foram reforçados os grupos mais prioritários da saúde e dos serviços críticos e essenciais."
Em Lisboa, maiores de 65 anos terão direito a transporte gratuito para os locais de vacinação, avança esta sexta-feira, 19 de fevereiro, o jornal "Correio da Manhã" . A proposta foi esta quinta-feira, 18, aprovada pela Câmara de Lisboa que é quem vai suportar as despesas. Segundo o "CM", para assegurar o transporte, serão celebrados protocolos com as associações representativas do setor dos táxis.