Há mais 91 mortes e 3.996 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta segunda-feira, 16 de novembro, pela Direção-Geral da Saúde, no novo boletim epidemiológico. Este é o pior dia de sempre em termos de mortes desde o início do surto em Portugal.

Os dados são atualizados no mesmo dia em que passam a ser 191 os concelhos sinalizados como de alto risco e que se espera que o pico desta segunda vaga seja atingido entre 20 de novembro e 6 de dezembro. A estimativa é de Manuel Carmo Gomes, professor de Epidemiologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e um dos especialistas ouvidos pelo governo, que tem estado a acompanhar a evolução da crise epidemiológica em Portugal.

Para sustentar a sua previsão, o especialista aponta para o decréscimo gradual da velocidade de transmissão do vírus e a estabilização do R, o indicador que tem como objetivo definir o número médio de contágios decorrentes do contacto com uma pessoa infetada.

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"Quando o R atingir [o valor] 1, estaremos no pico", explica ao "Correio da Manhã". E garante que o indicador está a descer ligeiramente depois de, no final de outubro, ter estado fixado no valor 1,24.

No entanto, Manuel Carmo Gomes ressalva que estas previsões não são fixas e podem alterar-se caso se registem novos e maiores surtos da doença no País. Além disso, avança ainda que nestas previsões ainda não está a ser ponderado o impacto do novo pacote de medidas aplicado pelo governo no contexto do novo estado de emergência e cujo efeito apenas será possível medir dentro dos próximos dias.

Pelo menos nisto não há dúvidas: "Até ao Natal, vamos andar um bocado numa montanha-russa", o que significa que se poderá assistir uma sucessão de aumentos e descidas de novos casos diários de infeção.

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