Há mais cinco mortes e 1483 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta segunda-feira, 5 de julho, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico referente à evolução da crise sanitária no País.
Tendo em conta o aumento do número de novos casos provocado pela disseminação da variante Delta de SARS COV-2, Portugal prepara-se para acelerar o ritmo de vacinação. De acordo com o coordenador do grupo de trabalho responsável pela vacinação, prevê-se que seja possível vacinar cerca de 850 mil utentes por semana.
"Estamos numa guerra contra o vírus e vamos dar o máximo que podemos para adiantar o processo de vacinação, levando ao limite", disse, em declarações à agência Lusa, o vice-almirante Gouveia e Melo citado pelo "Diário de Notícias". "Estamos a um ritmo de 100 mil por dia, mas ainda vamos aumentar esse ritmo e vamos esgotar todos os nossos stocks de vacinas, eventualmente reduzindo alguma segurança em termos de reserva, mas para adiantar o processo de vacinação", acrescentou.
Gouveia e Melo referiu ainda que, atualmente, estão a ser usados todos os métodos de agendamento, online, central, local e através do sistema de casa aberta para elevar ao limite a vacinação. "Haverá dias em que podemos chegar ou ultrapassar a capacidade dos 140 mil por dia, vamos alargar horários e reforçar as nossas equipas", disse o vice-almirante, citado pelo mesmo jornal, admitindo que a aceleração repentina, num tempo de duas semanas, poderá causar algumas "filas indesejadas".
A marcar a atualidade está também a decisão do governo de que os alunos em isolamento profilático devido à COVID-19 — ou que por doença grave não possam realizar os exames nacionais de primeira fase — possam usar os exames da segunda fase na primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior.
"Os exames finais nacionais do ensino secundário realizados na 2.ª fase de exames do ano letivo 2020-2021 podem, a título excecional, ser utilizados como provas de ingresso na 1.ª fase dos concursos de acesso e ingresso ao ensino superior de 2021-2022", lê-se em Diário da República.