A Direção-Geral da Saúde (DGS) pediu um parecer técnico ao grupo de trabalho de pediatras sobre a eventual vacinação de crianças com idades compreendidas entre os cinco e os 11 anos. Este grupo de trabalho terá sido o mesmo que, no verão, se pronunciou sobre a vacinação de adolescentes e é reativado agora para que a DGS possa, mais tarde, elaborar o seu parecer sobre um tema que, tal como a vacinação dos adolescentes, se prevê polémico, escreve o jornal "Público".
Ainda que o grupo de trabalho já esta em funções, a entidade de Saúde em Portugal só deverá falar depois de conhecer a posição oficial da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla original) sobre a administração da vacina da Pfizer/BioNTech em crianças dos cinco aos 11 anos.
Caso as conclusões tecidas pela EMA sejam favoráveis à vacinação de crianças, isso não garante que, em Portugal, a inoculação destas faixas etárias arranque de forma imediata, escreve o mesmo jornal.
A reativação do grupo de trabalho surge na mesma altura em que, esta sexta-feira, 19 de novembro, na reunião do Infarmed, em Lisboa, ter sido assumido que, ao contrário do que acontecia até então, era nas crianças que estava o maior número de casos de infeção por COVID-19.
Foi com base nessa indicação que Henrique Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, garantiu, na reunião do Infarmed, que a vacinação das crianças era, nesta fase, "uma prioridade", segundo cita a SIC Notícias. "É muito importante vacinarmos as crianças quando a vacinas estiverem, inequivocamente, aprovadas no nosso espaço geográfico e social. A vacinação das crianças é uma prioridade, como é uma prioridade reforçar a vacinação das pessoas à medida que o tempo vai passando", referiu.
Na mesma reunião, foram ainda propostas algumas medidas que poderão regressar para fazer face ao aumento do número de novos casos de infeção por COVID-19, que servem de alerta para o facto de Portugal se preparar, ou já estar, a combater uma nova vaga da pandemia.
Entre terça e quarta-feira, 23 e 24 de novembro, respetivamente, António Costa vai reunir-se com todos os partidos com assento parlamentar antes de anunciar quais serão as medidas restritivas que serão implementadas no País.
As mais certas de serem aplicadas serão o regresso do uso obrigatório de máscara em todos os locais fechados (como restaurantes, pastelarias e similares) e até na rua, assim como o teletrabalho sempre que esse regime for possível de se concretizar e sem prejuízo para o trabalhador.