É já na próxima semana que o preço por litro do gasóleo deverá subir 13,6 cêntimos e o da gasolina 9,3 cêntimos. As contas foram feitas pela agência Lusa com base nos números fornecidos pelo Governo e têm já em consideração o mecanismo de compensação através do qual o Governo reduz na taxa fixa do ISP o acréscimo de receita obtida por via do IVA para mitigar o aumento dos preços dos combustíveis, que se tem intensificado com a invasão da Ucrânia pela Rússia, avança a CNN Portugal.
Tal como já tinha explicado o secretário de Estado dos Assuntos Ficais, António Mendonça Mendes, "assumindo o pressuposto de que na próxima semana poderá haver um aumento nas bombas de 16 cêntimos por litro de gasóleo e de 11 cêntimos por litro de gasolina, tal traduz-se num potencial de aumento de receita em IVA de 2,4 cêntimos por litro de gasóleo e 1,7 cêntimos por litro de gasolina. É este valor que é integralmente refletido na diminuição [do ISP] que determinamos hoje e que entra em vigor na próxima segunda-feira", cita o mesmo jornal.
Estes valores fazem com que o aumento efetivo sentido pelos consumidores durante a próxima semana seja de 13,6 cêntimos no gasóleo (os 16 cêntimos deduzidos da redução de 2,4 cêntimos no ISP) e 9,3 cêntimos na gasolina (11 cêntimos deduzido da redução de 1,7 cêntimos no ISP), lê-se na notícia avançada pela CNN. Atualmente, o gasóleo regista valores acima dos 2 euros por litro e a gasolina valores entre os 1,88€ e 2,1€ por litro.
Contudo, as consequências da guerra na Ucrânia não ficam pelo aumento do preço dos combustíveis e chegarão também aos alimentos, que, além de sofrerem um aumento de preço, podem mesmo vir a ser racionados pelos produtores.
A notícia foi avançada pelo semanário "Expresso", esta sexta-feira, 11, que indica que os preços de vários produtos da base da alimentação dos portugueses vão disparar 20% a 30% já nos próximos dias. Um dos casos que sofrerá um maior aumento será o sector das carnes e também no peixe o aumento vai fazer-se sentir, tanto nos de aquacultura, como a dourada e o robalo, como nas conservas de atum — essenciais para muitas famílias portuguesas e cujo preço vai disparar cerca de 25%.