
Fazer as compras da semana pesa cada vez mais na carteira dos portugueses. De acordo com a última análise da Deco Proteste aos preços de um cabaz alimentar com 63 produtos essenciais, a associação de defesa do consumidor notou que há dois produtos cujos preços continuam a escalar.
Falamos da carne de novilho para cozer e dos ovos, cujos preços aumentaram em comparação com o início de 2025, mas também em relação ao mesmo período no ano passado, sendo aqui a diferença ainda mais significativa: a carne está 50% mais cara em relação a 2024, e os ovos aumentaram 41%. Em termos de preços, atualmente, tem de gastar 12,95€ para comprar um quilo de carne, e 2,07€ para adquirir seis ovos, refere o "Jornal de Notícias".
Para além destes dois alimentos, e comparando com abril do ano passado, também o pão de forma sem côdea (25%), os cereais integrais (22%) e o peixe-espada-preto (20%) tiveram subidas significativas. Com um aumento inferior a 20%, mas ainda muito superior ao valor da inflação, estão também a dourada, a maçã golden, o iogurte líquido, o café torrado moído e o bacalhau graúdo, assinala a mesma publicação.
Mas os preços também já aumentaram tendo em conta janeiro deste ano: em apenas quatro meses, e para além da carne de novilho e dos ovos, os valores do tomate chucha (19%), da polpa de tomate (16%), da maçã golden (12%) e da laranja (12%) também escalaram.
A guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, marcou o início de uma subida vertiginosa dos preços. De acordo com dados da Deco Proteste, o cabaz essencial de 63 alimentos essenciais que serve de base para estes estudos — e que inclui carne, pescado, leguminosas, fruta, legumes, laticínios, congelados ou mercearia — custava 187,70€ em janeiro de 2022, sendo agora preciso gastar 238,73€ para comprar exatamente os mesmos produtos.