O governo irá aprovar esta quinta-feira, 28 de julho, em Conselho de Ministros, a continuidade da situação de alerta em Portugal relativa à pandemia da COVID-19, o que significa que o uso de máscara vai continuar a ser obrigatório em espaços fechados, como é o caso dos transportes públicos, incluindo táxis e TVDE, farmácias e serviços de saúde, até agosto, confirma o jornal "Público".
O uso de máscara deixou de ser obrigatório na maioria dos espaços interiores a 21 de abril, com algumas exceções previstas no decreto que deixa de estar em vigor este domingo, 31 de julho, à meia noite.
É por isso que os ministros vão reunir para renovar a situação de alerta, que poderia ser levantada, uma vez que Portugal atingiu esta semana os critérios — 18 mortes por milhão de habitantes em 14 dias e menos de 50 camas ocupadas em cuidados intensivos, segundo "Expresso" — para que fossem aliviadas as restrições, como o uso de máscara.
Estes valores estão abaixo das linhas vermelhas traçadas em fevereiro na reunião do Infarmed (número de óbitos nos 20 por milhão de habitantes nos últimos 14 dias e o número de pessoas internadas em cuidados intensivos nos hospitais acima de 170), mesmo assim, para o governo, não é o suficiente para levantar a situação de alerta.
No entender do secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, ainda não é altura de baixar a guarda. "Ainda que estejamos a atingir valores decrescentes, acho que devemos manter algumas medidas cautelares, e essas medidas devem ser consolidadas durante mais algum tempo", disse aos jornalistas, conforma cita o "Público".
O relatório epidemiológico da COVID-19 divulgado esta quarta-feira, 27, pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA) dá conta de que numa semana o número médio de casos diários de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal desceu dos 5.479 para os 4.488, valor que corresponde à média diária mais baixa atingida este ano.