Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, já recuperou da COVID-19, três semanas depois de ter sido contagiada pela doença numa reunião de trabalho. Regressa ao trabalho já na segunda-feira, 21 de dezembro.

Em entrevista ao jornal "Sol", a médica de 63 anos fala sobre o receio que sentiu depois de ter contraído o novo coronavírus. "É uma sensação de vulnerabilidade. Durante uns dias, não sabemos o que vai acontecer. Essa incerteza é pesada".

A diretora-geral da saúde, que acreditava ser "candidata a ter uma forma de doença grave" devido a "antecedentes de doença complicados", teve apenas sintomas ligeiros,  nunca chegando a ter febre.  "Sinto um grande alívio", disse ao mesmo jornal. Graça Freitas assume ainda que teve receio de contagiar o marido e fala numa sensação de gratidão pela vida, por a natureza ter dado este presente" e "ter permitido passar por isto bem". 

Apesar de o seu estado nunca ter agravado, Graça Freitas relata que houve oscilações ao longo dos dias:" Os sintomas flutuam, há um dia em que se está bem e outro não. A doença tem esta incerteza de se estar sempre com o temor de piorar", disse. É uma sensação, que do ponto de vista psicológico, causa grande ansiedade".

Bebeu muita água e seguiu todas as recomendações do Serviço Nacional de Saúde. Deixou também um conselho a todos os doentes: ter em casa um oxímetro para medir os níveis de oxigénio no sangue.

Graça Freitas foi infetada durante reunião da Direção-Geral da Saúde
Graça Freitas foi infetada durante reunião da Direção-Geral da Saúde
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Sobre o facto de ter sido contagiada, Graça Freitas assume que ficou surpreendida quando soube do resultado positivo, apesar de, por esta altura, sentir já "sintomas ligeiros, inespecíficos". É que, apesar de ter contactado com uma colega que, dois dias depois a informou que dera positivo, nesta reunião manteve sempre a distância e utilizou sempre a máscara.

"Não sei exatamente como foi, ninguém sabe", disse, referindo ainda a possibilidade do contágio se ter dado pela falta de arejamento na sala, onde permaneceu durante meia hora. "É um vírus que circula muito facilmente", lembra. "Nunca há risco zero", diz, relatando que sempre foi muito cuidadosa.

"Limitei com uma fita o meu gabinete, passei a comer sozinha também no gabinete, quando muito partilhava com uma pessoa, mas a grande distância", descreve. "Podemos fazer imensa coisa para reduzir, uma medida só nunca chega, mas podemos ser confrontados com sermos infetados mesmo tomando todas as precauções."

Sobre o Natal, Graça Feitas apela a "todo o cuidado possível". Relata ainda que, apesar de poder ter alguma imunidade, vai estar com a mãe de 90 anos, apenas à distância e sem partilha refeições.

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