Depois das correntes de pessoas nas autoestradas a bloquearem a passagem dos carros em manifesto contra o uso de combustíveis fósseis e a tinta verde atirada a Luís Montenegro, secretário-geral do Partido Social-Democrata, na sua visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), eis que um grupo de ativistas climáticos voltou a atacar.
Tudo aconteceu nesta segunda-feira, 4 de março, quando integrantes do movimento Climáximo pintaram de vermelho os leitores de cartões de embarque, os ecrãs de informação e o átrio do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, dificultando a passagem dos passageiros, segundo o jornal “Correio da Manhã”. Os manifestantes colocaram ainda uma faixa onde se lia "Novo Aeroporto: Colapso Climático".
Num comunicado, citado pelo “Jornal de Notícias”, o grupo de ativistas climáticos denuncia os "planos de construção de um novo aeroporto em Lisboa, a expansão deste e/ou a sua deslocação para outro local como um ato de guerra". Com estas manifestações, o grupo pretende que a discussão seja "sobre como reduzir a aviação para o mínimo essencial de forma justa, o único plano compatível com travar o colapso climático".
"Existe um consenso generalizado no debate público e entre os partidos que concorrem às eleições que definir a localização do novo aeroporto de Lisboa é uma prioridade máxima da próxima legislatura. Isto só torna clara a hipocrisia total dos partidos que dizem levar a sério a crise climática mas que continuam 100% comprometidos com novos projetos de morte", disse a ativista Inês Teles, no comunicado citado pelo "JN".
Na mesma nota, de acordo com o site "Notícias ao Minuto", o grupo Climáximo "reafirma que, independentemente dos resultados das eleições no próximo dia 10 de março, o novo Governo irá continuar em guerra contra a vida, pois nenhum partido apresenta soluções reais para travar o colapso climático".
Na sequência dos protestos, que pretendia atrasar todos os passageiros, pelo menos três pessoas foram detidas pela polícia.