Depois de cortarem estradas, atirarem tinta a políticos e vandalizarem edifícios, alguns membros da Climáximo cortaram este sábado, 7 de dezembro, algumas luzes de Natal da cidade de Lisboa, naquilo que consideraram ser um ato de "resistência climática". O objetivo foi o de alertar as pessoas para "ouvirem a mensagem mais importante desta década e entrarem em resistência climática". Além disso, uma resposta perante a inação dos governos para com as alterações climáticas, como explicou a organização, em comunicado.
Se passou pela árvore de Natal do Terreiro do Paço e não a viu a brilhar, foi este o motivo. Uma das ruas da Baixa-Chiado também esteve apagada durante algum tempo, assim como certas zonas da Alameda Dom Afonso Henriques, na Avenida da Liberdade.
Os apoiantes do movimento acenderam os seus próprios enfeites, que, em vez de dizerem algo alusivo à época, como "Feliz Natal", tinham escrito "Resistência Climática", assim como nota o "Diário de Notícias".
O movimento assegura que "não houve qualquer dano" nas instalações luminosas. A porta-voz da ação, Maria Mesquita, deixou algumas considerações a quem estava presente, esclarecendo que "a melhor prenda que se pode oferecer este natal é entrar em resistência".
"Há pouco mais de um mês, 250 pessoas morreram em Valência em cheias catastróficas provocadas pela queima de combustíveis fósseis. Em Valência, centenas de famílias terão um lugar vazio à mesa de Natal. Eles, os governos e as empresas que continuam a queimar combustíveis fósseis, estão a tornar o planeta num verdadeiro inferno", referiu, citada pelo DN.
"E nós, as pessoas comuns, temos de entrar em resistência e travá-los, já", continuou, no comunicado da Climáximo. "Eles, os governos e as empresas, declararam guerra à sociedade e ao planeta e cada catástrofe climática é mais uma prova do abismo para o qual eles nos estão a guiar", conclui o movimento.