Há mais 275 mortes e 11.721 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados este domingo, 24 de janeiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico. Nunca morreram tantas pessoas devido à COVID-19 em Portugal como nestas últimas 24 horas.
Os novos dados são divulgados um dia depois de se saber que os agentes da autoridade vão poder começar a exigir o pagamento imediato de multas a quem for apanhado a infringir o confinamento. A informação foi dada este sábado, 23 de janeiro, pelo gabinete do Ministério da Administração Interna que cita um despacho assinado por Eduardo Cabrita.
Para evitar o que aconteceu na semana passada, em que a mobilização nas ruas foi elevada, os agentes no terreno vão passar a privilegiar "a cobrança imediata das coimas devidas pela violação das regras do confinamento", lê-se na nota assinada pelo ministro da Administração Interna. O valor das coimas, consoante a gravidade da situação e a resistência oferecida aos agentes no terreno, poderá chegar até aos mil euros.
Além disso, o Ministério da Administração Interna avisa que todas as pessoas que tenham de sair de casa para deslocações devem fazer-se acompanhar de um comprovativo que procure justificar as razões da deslocação — mesmo que a saída diga respeito à prática de exercício físico, a passeios higiénicos ou ao passeio de animais de estimação e companhia.
Esse comprovativo, sabe-se, pode ser "um documento comprovativo de morada" ou, no caso de o deslocação for em contexto de ida ao supermercado, "comprovativos de aquisição de bens ou serviços essenciais". Em todos as outras deslocações, o comprovativo traduz-se num simples "compromisso de honra".