O pai e a madrasta da menina que morreu na passada quarta-feira, 6 de maio, vítima de um crime violento já foram ouvidos. Márcia insiste no papel de vítima e explica que foi obrigada pelo marido a esconder o corpo de Valentina. Sandro insiste na versão de morte acidental, refutada pela Polícia Judiciária (PJ).

Terá sido a madrasta de Valentina a primeira a ser ouvida esta terça-feira, 12 de maio, no Tribunal de Leiria, avança o “Correio da Manhã”. Apesar de sempre ter negado, agora confessou que assistiu a tudo, que ouviu os gritos da menina e que percebeu que estava gravemente ferida. Ainda assim não terá feito nada e depois ajudou o marido a ocultar o corpo. Diz ter sido obrigada a esconder o corpo e alega que o marido lhe bateu para conseguir que o ajudasse. Relatou ainda que tinha ajudado a vestir Valentina e que depois, juntamente com o marido, tinham levado o corpo para a serra.

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O pai continua a defender a tese de morte acidental. Explicou que estava na casa de banho com a menina a tentar saber se a filha seria vítima de abusos sexuais por parte de um amigo da mãe. Sandro continuou a insistir e a menina não lhe queria contar. Explicou que nunca lhe bateu mas que Valentina tinha tido uma convulsão e que a morte tinha resultado deste incidente. Sandro Bernardo não conseguiu explicar as lesões de violência vistas na autópsia ao corpo.

O primeiro depoimento aconteceu por volta das 10 horas desta terça-feira, e terá durado duas horas. O interrogatório ao pai foi mais curto e rápido. O Ministério Público pede agora prisão preventiva para o pai e a madrasta que são suspeitos do homicídio de Valentina Fonseca. As medidas de coação vão ser conhecidas esta quarta-feira, 12 de maio, pelo meio-dia.

Valentina Fonseca, uma menina de 9 anos, morreu na passada quarta-feira, 6 de maio, depois de várias pancadas graves na cabeça. O principal suspeito é o pai que insiste na versão de morte acidental. Depois da situação de violência, a menina terá ficado 13 horas em agonia e só depois terá morrido. O alerta do desaparecimento da criança foi dado no dia seguinte e o pai contou às autoridades que a menina tinha saído pelo próprio pé. O corpo foi encontrado no domingo e foi nesse dia que Márcia e Sandro foram detidos por um alegado envolvimento na morte da filha.