Mãe e filha morreram carbonizadas no interior de uma viatura esta segunda-feira à noite, 7 de março, em Porto Covo, Sines. Na viatura encontrava-se também uma menina de 10 anos, filha mais velha, que conseguiu fugir, ficando com ferimentos ligeiros.
De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal o alerta para o fogo, que "se suspeita ter sido ateado" pela mãe das duas crianças, foi dado aos bombeiros às 23h45. "A mulher terá regado o carro com combustível, com os dois filhos lá dentro. A mãe e a criança mais nova morreram carbonizadas, [enquanto] a filha mais velha conseguiu sair", acrescentou o CDOS à Agência Lusa, citado pela CNN Portugal.
O medo de perder as filhas para o ex-marido terá levado a mulher de 29 anos a barricar-se dentro do carro com as filhas de 3 e 10 anos, dizendo-lhes que era uma "brincadeira", avança o jornal "Correio da Manhã", referindo que o casal se encontrava a disputar a tutela das meninas, que ficaram a viver com a mãe. Camila, de 10 anos, conseguiu fugir, mas antes ainda tentou retirar a irmã mais nova do veículo, avança o mesmo jornal.
"A menina disse-me que a mãe estava a brincar com um fósforo. Disse-me isto repetidas vezes. Contou-me que era só uma brincadeira e depois foi a sério", contou esta terça-feira, 8 de março, uma moradora ao "CM". "Não percebi como a menina conseguiu sair do carro. Sentimo-nos impotentes com o carro em chamas. Ainda houve quem tentasse partir os vidros, mas tínhamos medo que explodisse", acrescentou a mulher que socorreu Camila.
Hugo Cruz, comandante dos Bombeiros de Sines, explicou à Lusa que a mulher de 29 anos "terá ateado o fogo com um isqueiro", avança a CNN Portugal.
Neste momento, o caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária de Setúbal. Para o local foram mobilizados 30 operacionais, apoiados por 13 veículos, dos bombeiros, GNR, PJ e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com uma ambulância de suporte imediato de vida e a viatura médica de emergência e reanimação.