Um grupo de ativistas do Climáximo partiu o vidro da montra da loja Gucci, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, este sábado, 21 de outubro. Este coletivo tem-se manifestado contra as emissões de carbono e as atividades de luxo e, desta vez, o alvo foi François-Henri Pinault, dono da marca.
De acordo com um comunicado do grupo, "a ONU aponta que os ultra-ricos têm de cortar mais de 97% das suas emissões, mas o consumo de luxo nunca esteve tão alto", lê-se no "Sapo24". E François-Henri Pinault, que é considerado um dos homens mais ricos do mundo, graças ao seu património líquido avaliado de 40 mil milhões de dólares, faz parte desse grupo.
"É preciso acabar com o consumo e as emissões de luxo. Toda esta indústria do retalho de luxo só acentua a desigualdade na raiz da crise climática. Enquanto uns lucram com o consumo e são os mais ricos da Terra, outros são despejados e deportados", continua o comunicado do grupo, que ainda aproveitou para pintar a frase "quebrar em caso de emergência climática" na montra da loja.
Já esta sexta-feira, 20 de outubro, um grupo de estudantes da Greve Climática de Lisboa invadiu uma conferência na Faculdade de Direito onde estava o ministro das Finanças e atingiu-o com tinta verde. No dia anterior, 19, o grupo de ativistas da Climáximo interrompeu o trânsito da Rua da Escola Politécnica, perto do Museu de História Natural e Ciência.
A par disto, dois ativistas do mesmo movimento também já se haviam colado a um avião que ia fazer a ligação Lisboa-Porto, no aeroporto da capital, invadiram um campo de golfe, bloquearam o trânsito na Segunda Circular, em frente à sede da Galp, bem como na Avenida de Roma e na rua de S. Bento, e até atiraram tinta ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.