Mesmo com uma tempestade forte lá fora, os membros do grupo Climáximo, que se tem insurgido contra a crise climática nas últimas semanas, voltaram a entrar em ação. Esta quinta-feira, 19 de outubro, o grupo voltou a interromper o trânsito de mais uma estrada, desta vez na Rua da Escola Politécnica, em Lisboa.
Os jovens sentaram-se na estrada, que fica em frente ao Museu de História Natural e da Ciência, segurando uma faixa onde se podia ler "Estão a destruir tudo o que tu amas", de acordo com o "Observador", que adianta que as exigências são as habituais: que "as instituições encarem a verdade e ajam de acordo com a emergência climática".
"Há milhões de mortes declaradas pela crise climática, e têm culpados. Os governos e empresas emissoras estão neste momento a matar milhares de pessoas, a despejar dezenas de milhões, a queimá-las vivas, a afogá-las. Estas mortes foram conscientes. Isto é guerra.Temos o dever de resistir, e as instituições de dizer a verdade", lê-se num comunicado, do qual a agrónoma Leonor Canadas é a porta-voz, citado pela mesma publicação.
A par disto, o grupo reivindica ainda "honestidade por parte de todas as instituições sobre o estado de crise climática, entrando estas em emergência climática, reconhecendo-a como prioridade central da sociedade, e agindo de acordo com a ciência". "É necessário dizer a verdade às pessoas para que possamos tomar decisões informadas e honestas para travar o colapso climático", acrescentou.
Os três jovens que participaram na ação desta manhã foram detidos pela PSP e levados para a esquadra do Rato. Além de, esta quarta-feira, 18 de outubro, dois ativistas do mesmo movimento se terem colado a um avião que ia fazer a ligação Lisboa-Porto, no aeroporto da capital, os ativistas invadiram um campo de golfe, bloquearam o trânsito na Segunda Circular, em frente à sede da Galp, bem como na Avenida de Roma e na rua de S. Bento, e até atiraram tinta ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.