Marta Louro, jornalista do "Correio da Manhã" e da CMTV, tinha 27 anos e morreu num acidente de viação esta quarta-feira, 27 de abril. A jornalista regressava de uma reportagem num motociclo, no qual seguia no lugar do passageiro, quando este chocou com um automóvel no Eixo Norte-Sul (entre as saídas das Laranjeiras e Sete Rios, em Lisboa). Marta Louro, a jornalista "exemplar" do jornal, acabou por não resistir aos ferimentos e o óbito foi declarado no local, segundo o "Correio da Manhã".

Mas quem era Marta Louro? Uma jornalista de 27 anos, formada em Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa. Começou o percurso com um estágio na secção de Sociedade do "CM", trabalhou depois em rádio Pax, em Beja, ao mesmo tempo que colaborava com o "CM", para onde regressou definitivamente algum tempo depois. Foi no jornal e canal televisivo que dedicou grande parte do seu tempo nos últimos anos, embora tivesse outros sonhos.

Marta Louro na rádio Pax, em Beja
Marta Louro na rádio Pax, em Beja créditos: linkedin

"Ela escrevia numa rede social [LinkedIn] que tinha o sonho de ser princesa e ela foi uma princesa. Também sonhou ser militar. E sonhou ser jornalista e foi jornalista. E esta área da segurança era, no fundo, uma área que ela gostava mesmo", revela o diretor geral adjunto do "Correio da Manhã", Armando Esteves Pereira.

Marta era filha de Pedro Louro, comandante dos bombeiros, e chegou também a ser bombeira. Quis levar a causa da proteção social mais longe, único sonho que não foi cumprido: ser militar. Em vez disso, dedicou-se a escrever notícias, a entrar em direto em reportagens, entre elas o balanço semanal das operações da PSP que fazia na CMTV.

"Perdemos uma jornalista, mas acima de tudo uma princesa, um ser humano de apenas 27 anos. Era uma miúda trabalhadora, empenhada e que morre de uma forma injusta, brutal e esta é a ultima noticia que queríamos dizer", disse ainda Armando Esteves Pereira em declarações ao canal.

Morreu Artur Albarran. Antigo jornalista tinha 69 anos
Morreu Artur Albarran. Antigo jornalista tinha 69 anos
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Num artigo conjunto da redação do "CM", publicado esta quarta-feira, 27 de abril, os colegas descrevem Marta como "uma pessoa profundamente generosa, humanista, que, ao longo da vida, fez do serviço aos outros e à comunidade também uma missão". "A sua vida foi estupidamente ceifada na selva do asfalto. Perante a sua eterna memória, curvamo-nos num longo adeus. O seu exemplo como jornalista e ser humano ficará no fundo dos nossos corações e no projeto CM/CMTV", terminam.

Logo após se saber da morte da jornalista, a Administração da Cofina transmitiu uma nota de pesar e recordou Marta Louro como uma "profissional exemplar, sempre pronta a colaborar" e apresentou "as mais sentidas condolências à família, bem como a sua solidariedade a todos colegas e amigos neste momento de dor".

Quanto ao colega que seguia com Marta e conduzia a moto, Ricardo Bernardo, de 30 anos, sofreu ferimentos graves e foi transportado para o Hospital de Santa Maria, na capital. Segundo os últimos dados avançados pelo "CM", o jovem encontra-se com prognóstico reservado.

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