O encenador Carlos Avilez morreu na madrugada desta quarta-feira, 22 de novembro, aos 86 anos, no Hospital de Cascais, na sequência de doença cardíaca. A notícia foi confirmada à SIC por uma fonte do Teatro Experimental de Cascais (TEC), onde Carlos Avilez era encenador e diretor.

O artista terá dado entrada no hospital esta terça-feira, 21 de novembro, com uma indisposição e acabou por falecer por volta das 2 horas de dia 22, vítima de paragem cardiorrespiratória, conforme escreve o “Observador”.

Jornalista brasileira morre aos 38 anos. Elaine Santos estava grávida do segundo filho
Jornalista brasileira morre aos 38 anos. Elaine Santos estava grávida do segundo filho
Ver artigo

Carlos Vítor Machado nasceu em 1937 e estreou-se profissionalmente como ator em 1956 na Companhia Amélia Rey Colaço – Robles Monteiro, onde trabalhou até 1963. Entretanto orientou a sua vida para a encenação e, em 1965, fundou o TEC, onde descobriu inúmeros talentos conhecidos atualmente como José Condessa, Bárbara Branco, Sara Matos ou Renato Godinho.

Não tardaram a surgir homenagens ao encenador. “Não podemos falar de teatro em Portugal sem falar no grande Carlos Avilez. O meu primeiro professor, meu mestre e encenador. Vivo eternamente grata por tudo o me ensinou. Vive em mim em cada personagem que abraço. Vai sempre viver. Obrigada, Carlos, a si lhe devo ter-me tornado atriz. Que lhe façamos todos as melhores homenagens”, escreveu Sara Matos no Instagram.

“Querido Carlos, obrigada por tanto que me deu. Que sorte a minha, tê-lo conhecido. Que perda tão grande para o teatro, mas que legado imenso que deixa. Palmas, sempre”, escreveu Manuela Couto. “Partiu o Mestre Carlos Avilez. Um homem que deu a sua vida ao teatro com uma dignidade enorme e que amava atores. Encenou inúmeras e inesquecíveis peças de teatro, com mestria e amor criou o Teatro Experimental de Cascais, em 1965, e não mais parou, até hoje, quando o pano da vida se fechou para ele. Vá em paz, mestre Avilez. O teatro fica mais pobre. E nós também”, homenageou Noémia Costa.

“O Carlos Avilez partiu, mas deixa-nos décadas de uma vida dedicada ao teatro (...) Inspirou e moldou gerações de atores com a sua exigência, a sua paixão e sua capacidade de nos fazer sentir especiais. O seu legado continuará seguramente através de todos aqueles que o conheceram e que puderam testemunhar o seu inestimável contributo para o teatro em Portugal. Pela minha parte ficarei eternamente grato pelas oportunidades que me deu e pelo carinho com que sempre me tratou”, escreveu Diogo Infante.

Manuel Luís Goucha também deixou uma homenagem ao encenador. “O teatro perdeu um dos seus Mestres. Carlos Avilez. Deixa um imenso legado de amor à arte e resistência, cumprido talentosamente por muitos atores e atrizes que na sua escola se formaram. Obrigado, Mestre Avilez”, pode ler-se. “Talento, humildade. Generosidade. Dos maiores encenadores do teatro português”, partilhou Tânia Ribas de Oliveira.

“Por tanto. Muito obrigada, Carlos Avilez”, escreveu Maria Rueff. “Meu querido Carlos! Que dia triste este que nos deixaste, deste tanto a este País, um País que precisa tanto que amem e respeitem a cultura, o teatro. Nunca tive o privilégio de trabalhar contigo, mas em cada encontro nosso, ficava a promessa o desejo e a esperança. Um beijo grande cheio de admiração e orgulho, por tudo o que fizeste pelo teatro e por nós atores. Viva o teatro”, partilhou Rita Salema.