Um dos setores que vê as suas medidas aliviadas a partir de 18 de maio é a educação. Nos mais crescidos com exames no final do ano, as escolas abrem para aulas dessas disciplinas essenciais. No caso dos mais pequenos, as creches vão reabrir a partir deste dia também.

Mas como vai ser feita esta reabertura? As medidas de distanciamento social vão continuar na medida do possível. As diretrizes específicas ainda não são conhecidas e só deverão ser divulgadas na próxima segunda-feira, 11 de maio. Ainda assim já se conhecem algumas medidas que visam minimizar a propagação do vírus.

Educadores contra reabertura das creches. “São lugares de afetos. É impossível existir distanciamento social"
Educadores contra reabertura das creches. “São lugares de afetos. É impossível existir distanciamento social"
Ver artigo

Até agora, sabe-se que as instituições com crianças até aos três anos devem ver implementadas as seguintes medidas a partir de 18 de maio:

1. Deverá haver uma distância mínima de dois metros entre berços e espreguiçadeiras;

2. As crianças não devem partilhar os brinquedos. Também não será possível levar brinquedos para casa;

3. As crianças devem descalçar-se à entrada e os pais não devem passar da porta para evitar “cruzamentos ente pessoas que não sejam da turma”;

4. Em vez de mesas dispostas em U, deve privilegiar-se as mesas em linha;

5. As janelas devem estar abertas sempre que possível;

6. Os educadores devem obrigatoriamente usar máscara cirúrgica;

7. Cada sala deve ter dispensadores de solução desinfetante;

8. As creches devem ter um plano de contingência caso seja necessário substituir algum trabalhador;

9. Devem ter um local de isolamento e circuitos específicos, caso seja detetado algum caso suspeito;

10. Nos sanitários, as creches devem ter água, sabão e toalhetes descartáveis, sendo que a gestão dos resíduos deve ser feita diariamente.

Numa tentativa de tranquilizar as famílias, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, lembrou que, ao invés de uma gripe normal que tende a começar nas crianças, na COVID-19 essa situação não se verifica. Assim “se um adulto adoece primeiro, será fácil às autoridades de saúde identificar os contactos desse adulto e, se for caso disso, retirar a criança da creche muito precocemente”.

Ainda assim é preciso estar alerta aos vários sintomas. Graça Freitas considera que se deve estar atento a “mal-estar generalizado, dores no corpo e no caso particular as crianças, diarreias e questões gastrointestinais”.