A decisão deverá ser tomada em breve, mas o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, já fez saber que se prepara para anunciar "grandes restrições" durante a passagem de ano na capital, em resposta à evolução negativa da situação epidemiológica provocada pela COVID-19 em todo o País.
"Nos próximos dias, tomarei a decisão de restringir aquilo que são os festejos do fim do ano, ou seja, não haverá os típicos concertos na noite de 31 [de dezembro], porque isso criaria um grande aglomerado de pessoas", explicou esta quinta-feira, 2 de dezembro, Carlos Moedas em declarações à CNN Portugal.
O presidente da Câmara diz que se prepara para tomar "uma decisão muito rapidamente", processo que deverá demorar cerca "de um dia ou dois", mas que, nesta fase, ainda se está "a estudar se haverá ou não fogo-de-artifício". Independentemente da decisão face a esse elemento específico, Moedas antevê um período que, "seguramente", terá "grandes restrições".
Braga, Porto e Albufeira também cancelam festejos
Com a decisão quase tomada, faltando apenas o anúncio oficial, a Câmara Municipal de Lisboa junta-se, assim, a outras câmaras — como a do Porto, Braga e Albufeira — que também cancelaram os festejos de passagem de ano preparados para as respetivas cidades.
Na quinta-feira, 1, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, fez saber que os festejos de rua e o fogo-de-artifício que estavam agendados para a passagem de ano foram cancelados. Já o concerto dos GNR, agendado para o último dia do ano, foi antecipado para a véspera no Pavilhão Rosa Mota.
"Era nossa intenção fazer o fogo-de-artifício na praia, mas as circunstâncias são o que são e temos de nos ajustar", explicou, citado pelo "Jornal de Notícias".
Em Braga, a situação é semelhante, com Ricardo Rio, presidente da autarquia, a anunciar o cancelamento de todos os festejos previstos para a passagem de ano. "Relativamente ao fim do ano, prescindimos de o organizar. Não teremos comemorações de fim de ano em Braga em 2021", explicou em declarações à rádio Observador.
No que toca a Albufeira, José Carlos Rolo, presidente da Câmara, diz que haverá fogo-de-artifício, embora de forma deslocalizada.