Portugal conseguiu desenvolver a primeira máscara capaz de inativar o vírus que origina a COVID-19. O projeto foi desenvolvido em conjunto pelo fabricante Adalberto, a MO, o Instituto de Medicina Molecular, o Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário e a Universidade do Minho. As máscaras em questão já estavam à venda desde abril nas lojas MO, mas só agora ficou conhecido o resultado da investigação.
Mas o que torna esta máscara diferente das demais? Esta peça totalmente feita em Portugal tem um “revestimento inovador” que neutraliza o vírus quando este entra em contacto com o tecido. A máscara tem também um tratamento repelente à água que permite neutralizar bactérias e vírus. Estes efeitos prolongam-se até 50 lavagens e as máscaras têm uma longevidade que chega a um ano.
O virologista Pedro Simas foi um dos investigadores que coordenou os testes que vieram demonstrar que o tecido tinha propriedades anti-virais. “De forma simplificada, estes testes consistem na análise do tecido após o contacto com uma solução que contém uma determinada quantidade de vírus, cuja viabilidade se mede ao longo do tempo. Os testes à máscara MOxAdtech revelaram uma inativação eficaz do SARS-CoV-2 mesmo após 50 lavagens”.
Além de inativar o vírus, a máscara reutilizável permite ainda minimizar a produção de resíduos o que ajuda na proteção ambiental. Os testes provaram também que esta peça não tem produtos químicos nocivos durante o processo de fabrico, o que a torna inofensiva em termos ecológicos humanos.