Este domingo, 9 de junho, foi dia de os portugueses irem às urnas novamente, desta vez para elegerem 21 deputados para o Parlamento Europeu. Quase quatro milhões de portugueses exerceram o seu direito de voto, mais 630 mil em relação às europeias de 2019 – votos que foram importantes para apurar quem foram os vencedores e vencidos relativamente a esse mesmo ano.
Com uma taxa de abstenção que se fixou nos mais de 62%, o Partido Socialista (PS) foi o grande vencedor da noite das eleições. A lista do socialistas, que foi encabeçada por Marta Temido, foi a mais votada, tendo conseguido eleger oito deputados. Ainda assim, a percentagem final mostra que os 33,38% obtidos pelo PS em 2019 desceram para 32,1% este ano, diz a CNN Portugal.
No caso da Aliança Democrática (AD), o candidato foi Sebastião Bugalho. A AD ficou em segundo lugar, mas manteve os mesmos sete deputados que o PSD (que elegeu seis) e o CDS-PP (que elegeu um) tinham conseguido em 2019. Com quase mais 300 mil votos que em 2019, passou de uma percentagem de 28,13% para 31,12%.
O Chega e a Iniciativa Liberal estiveram bastante renhidos. O partido de André Ventura, que tinha Tânger Corrêa como cabeça de lista, ficou em terceiro lugar, tendo atingido uma percentagem de 9,79% e elegido dois deputados. Já o partido que João Cotrim de Figueiredo representava obteve 9,07% dos votos, tendo elegido o mesmo número de deputados que o Chega, depois de em 2019 não o ter conseguido fazer.
O Bloco de Esquerda conseguiu eleger um único deputado, Catarina Martins, tendo perdido um deputado e mais de 157 mil votos em relação a 2019. O mesmo aconteceu ao Partido Comunista, que elegeu apenas o cabeça de lista, João Oliveira, pelo que também terão menos uma pessoa a representá-los na Europa comparativamente às últimas eleições.
O Livre e o PAN ficaram de fora do Parlamento Europeu. O primeiro, que conseguiu mais de 3% dos votos nas legislativas de março, não conseguiu eleger qualquer deputado, embora tenha crescido em quase 90 mil votos face ao momento eleitoral de 2019. O segundo, que conseguiu eleger um deputado em 2019, não repetiu a proeza este ano.
Dito isto, o PPE, que inclui PSD e CDS-PP, mantém-se como a principal força política europeia, seguido pelo grupo dos Socialistas e Democratas (que inclui o PS), que conquistou 139 lugares e continua como segunda maior bancada. Já o Renovar a Europa, onde se insere a Iniciativa Liberal, mantém-se no terceiro lugar, com 80 eleitos, diz o "Sapo 24".