A inesperada morte do ator Pedro Lima, além de choque e do luto que gerou entre a comunidade artística portuguesa, também começa a gerar várias publicações de consciencialização para a vergonha e silêncio perigosos relacionados com a saúde mental.

O apresentar José Carlos Malato foi um deles: este domingo, 21 de junho, publicou no Instagram uma mensagem a dizer: "Abaixo a ditadura da felicidade. Temos o direito de estar infelizes, de ter problemas e de pedir ajuda. E temos o direito de não mostrar o contrário. Para nosso bem, devia até ser um dever. Que descanse em paz."

Além do apresentador, o humorista António Raminhos deixou também uma longa mensagem na mesma rede social a falar sobre o mesmo, alertando para a importância de pedir ajuda, como o próprio e muitos outros já fizeram.

Raminhos começa a extensa mensagem a referir que ninguém sabe o que é que, realmente, se está a passar com o outro. "Ninguém sabe aquilo que nos vai na cabeça. E, muitas vezes, não partilhamos por medo, dor, porque achamos que ninguém vai compreender."

Só que, diz António Raminhos, há sempre alguém que passa pelo mesmo. Até ao dia que, por alguma razão, percebemos que há mais alguém que pensa como nós. Que já sofreu como nós. E para perceber isto, basta abrir o coração sem medo. Não guardem aquilo que não precisam. Falem, contem e, SOBRETUDO, procurem ajuda. Entre o céu e a terra há muita gente que compreende o nosso caminho."

O amor próprio e em relação aos outros é também um dos pontos em que o humorista toca, reforçando também a importância de ser capaz de pedir ajuda. "Se têm vontade e precisam de ser abraçados procurem esse abraço. Se não têm ninguém que vos abrace (e não interessa a razão), abracem-se a vocês mesmos. Muitas vezes, quem mais ama os outros é que mais tem dificuldade em amar-se a si próprio e essa é base. E, por isso, volto a repetir... procurem ajuda como eu e outros o fazem."

No final, faz referência à morte de Pedro Lima. "Não sei o que aconteceu ao Lima, de quem gosto muito, nem interessa. O que interessa é que ninguém está sozinho por muito que pareça. Falem, sem vergonha, procurem essa ajuda agora e que, sobretudo, se amem como seres imperfeitos que somos para que não procuremos encurtar o nosso tempo e que para que quando chegar a nossa hora (esperada ou não pelos outros) já sabemos o que nos espera do outro lado."

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