O rastreio gratuito do cancro da mama passa a abranger os distritos de Lisboa e Setúbal, num  período de dois anos, ficando assim coberto 100% do território português, anunciou esta segunda-feira, 1 de fevereiro, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).  Em comunicado, a Liga refere que este alargamento irá proporcionar o rastreio a mais 400 mil mulheres já a partir deste mês, sendo 600 mil as que podem beneficiar desta iniciativa nos concelhos da região sul, até 2023, referiu esta terça-feira, 2, a "SIC Notícias".

No dia Mundial do Cancro, que se assinala esta quinta-feira, 4 de fevereiro, arranca o rastreio na Unidade Móvel da LPCC, junto ao Centro de Saúde de Alcochete. No local estarão presentes o Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRS-LPCC) e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), unidades promotoras neste processo.

Mariza Seita tatua (gratuitamente) mamilos em sobreviventes de cancro da mama
Mariza Seita tatua (gratuitamente) mamilos em sobreviventes de cancro da mama
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As mulheres dos distritos de Lisboa e de Setúbal passam a poder contar com uma equipa técnica especializada na área do cancro da mama e com equipamentos digitais novos que potenciam uma melhor qualidade do diagnóstico avança ainda a "SIC Notícias".

O rastreio arrancou no Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em 1997, sendo depois alargado,  destina-se a mulheres entre os 50 e os 69 anos e realiza-se por convite, de dois em dois anos. De acordo com a NRS-LPCC, todos os procedimentos de de segurança e higienização são assegurados. Um inquérito lançado pelo Liga Portuguesa Contra o Cancro revela ainda que, durante a pandemia da Covid-19, 97% das utentes do rastreio sentiram-se seguras com as medidas adotadas nas instalações.

Dados de 2020 referem que, anualmente, morrem certa de 1500 mulheres vítimas de cancro da mama. Apesar da gravidade dos números, a taxa de mortalidade tem vindo a diminuir ao longo dos anos.