Uma mulher presa há vários anos no Estabelecimento Prisional (EP) de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, está grávida de três meses. A mulher, com cerca de 30 anos, não terá tido nenhuma saída precária nem recebido qualquer visita conjugal desde meados de março, altura em que foram aplicadas as novas medidas de prevenção face ao surto do novo coronavírus em Portugal. Por isso, não tem dúvidas de que o pai da criança será um guarda daquele mesmo estabelecimento prisional, avança o jornal "Correio da Manhã".

A acusação gerou incómodo junto da direção do EP de Santa Cruz do Bispo e levou à abertura de um inquérito por parte da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). "Está a decorrer um processo de inquérito aos factos suscitados nas questões, nada mais se tendo, por ora, a acrescer”, respondeu a entidade face às perguntas da mesma publicação.

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Quanto ao guarda prisional, de cerca de 55 anos, acusado de ter engravidado a mulher, este garante não ser o pai e nega todas as acusações de que tem sido alvo, sabe o mesmo jornal.

Depois da acusação, que teve origem na Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso, a mulher foi transferida para o EP de Odemira, localizado a cerca de 500 quilómetros de Matosinhos. Também o guarda acusado foi transferido, mas para o EP prisional junto à Polícia Judiciária do Porto e aguarda agora o resultado do inquérito que está em curso.