Um jornalista do "Expresso" foi agredido esta terça-feira, 16 de janeiro, num evento estudantil organizado na Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa, no qual André Ventura marcou presença. Além de a vítima já ter apresentado queixa junto das autoridades, também já é conhecida a identidade de um dos autores da agressão.
Um dos dois jovens responsáveis por ter retirado à força o jornalista do evento é militante da Iniciativa Liberal (IL), de acordo com o "Público". O jovem é aluno de Mestrado Forense da Faculdade de Direito dessa mesma universidade e apagou todas as suas contas nas redes sociais depois de ser abordado pelo diário português.
A par disto, o "Público" também contactou dois dirigentes e a três assessores da IL. Uma fonte oficial do partido disse ao jornal que "desconhece o que se passou além do noticiado", lamentando e condenando qualquer tipo de violência. A Iniciativa Liberal aproveitou ainda para frisar que "será sempre defensora da liberdade de imprensa", lê-se na mesma publicação.
A agressão aconteceu esta terça-feira, 16 de janeiro, e André Ventura iria discursar e responder a perguntas dos estudantes na conferência em questão, tendo sido previamente comunicado à imprensa pela assessoria do seu partido que não seriam permitidas câmaras dentro do auditório, devido às próprias indicações da Universidade.
Ainda que a presença de jornalistas não tenha sido interdita, o jornalista do "Expresso" foi abordado por um jovem, que o informou de que não poderia continuar naquele espaço, tendo sido agarrado pelos pés e pelos braços por outros dois jovens, que o forçaram a sair do evento. O jornalista foi ainda interpelado pelo segurança de André Ventura com alguma agressividade.
De acordo com João Vieira Pereira, diretor do semanário, a queixa foi entregue esta quarta-feira, 17 de janeiro, na PSP, segundo o "Jornal de Notícias". A UCP repudiou a agressão, bem como o "Expresso", e o Chega já negou responsabilidades na entrada e expulsão do jornalista, remetendo-as implicitamente para os organizadores.
Já João Dias, presidente da Associação Académica do Instituto de Estudos Políticos, negou a existência de qualquer agressão, afirmando que o jornalista "foi removido" do auditório depois de ter sido abordado "cinco vezes" por membros da organização para que se saísse da sala, lê-se na mesma publicação.