Josiele Rodrigues, uma mulher brasileira de 25 anos, desapareceu em Quarteira, Algarve, no dia 6 de dezembro do ano passado. No fim de janeiro, o corpo foi encontrado pela Polícia Judiciária (PJ) de Faro, que defende que o homicida é o mesmo que assassinou Sandra Andrade, motorista de TVDE de 49 anos, no verão de 2022.

O homem, de 26 anos e nacionalidade portuguesa, foi apresentado a uma juíza de instrução em Faro, na quinta-feira, 2 de fevereiro, por existirem indícios do seu envolvimento na morte de Josiele. A magistrada colocou-o em liberdade com termo de identidade e residência, avançou o “Correio da Manhã”.

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O suspeito foi detido logo de seguida, à porta do tribunal, pela PSP de Lisboa, desta vez por tráfico de droga. Durante as buscas, as autoridades encontraram um cartão multibanco de uma das mulheres. Neste momento, encontra-se em prisão preventiva no âmbito do processo de tráfico de droga.

O homem já tinha sido condenado a 20 anos de cadeia pelo homicídio de Tatiana Mestre, encontrada morta na sequência de asfixia com o corpo queimado, em agosto de 2018, mas esteve preso apenas durante 20 meses, acabando por ser absolvido pelo Tribunal da Relação de Évora.

A PJ admite que o homem poderá ter sido cliente de Sandra numa viagem da Uber. A mulher morreu estrangulada, foi esquartejada e o corpo abandonado numa mala em Almancil, Algarve. Meses depois, o homem terá conhecido Josiele num bar de alterne. A jovem brasileira que residia em Lisboa, mas naquele momento estava no Algarve, onde era acompanhante de luxo, também foi estrangulada e o corpo foi abandonado e queimado perto de Ourique, Alentejo.

As três mulheres - Tatiana, Sandra e Josiele - foram mortas por estrangulamento. Nos três casos, o homicida escondeu os corpos e apagou os vestígios. Os corpos de Tatiana e Josiele foram queimados e o de Sandra foi colocado numa mala e deixado num buraco tapado por pedras de grandes dimensões.