A Adega Mayor, sim, o projeto vitivinícola do Grupo Nabeiro, com vinhos, vinagres e azeite, agora também tem cremes: um de corpo e outro para as mãos. Fazem parte da nova marca de biocosmética OR e são feitos à base do óleo de grainha de uva que resulta do processo de transformação da fruta em vinho.
"As grainhas utilizadas na produção destes cosméticos são fruto do desperdício de uva, inerente à nossa atividade profissional. Após serem separadas da uva, as grainhas seguem para uma destilaria, onde são lavadas, prensadas e onde darão lugar ao óleo de grainha de uva. Após este óleo estar pronto, é utilizado para preparação das emulsões OR", explica à MAGG a CEO da Adega Mayor, Rita Nabeiro.
A ideia surgiu com o objetivo de a marca de vinhos reforçar o compromisso com a sustentabilidade e foi posta em prática após ter sido encontrado o parceiro perfeito: a Âmbar, marca portuguesa de cosméticos biológicos, que acrescenta experiência ao novo projeto e levou as matérias primas mais amigas do ambiente também para os novos cosméticos.
Em conjunto, a Adega Mayor e a Âmbar pretendem, no fundo, dar a volta ao desperdício gerado pela atividade vitivinícola e assim surgiu a OR, que é nada mais do que o nome de algo maior.
"OR representa, agora, parte da nossa marca (Adega MayOR). Simbolicamente, as linhas simples da marca resultam da reutilização de parte da nossa identidade e da ideia de um quadrado que vira círculo. Esse é o desafio que propomos com esta marca: as ideias quadradas têm que dar lugar a ideias mais circulares", continua Rita Nabeiro.
Circular também é a economia gerada pelos novos produtos no sentido em que aquilo que seriam resíduos, as grainhas da uva, transformam-se num recurso para "serem reutilizados e voltarem a gerar valor", conforme diz a definição do governo sobre o conceito de economia circular.
Já falaremos de valores em concreto, mas a riqueza primeiramente gerada é aquela que diz respeito aos benefícios para a pele dos novos cremes. "O óleo de grainha de uva protege a barreira cutânea das agressões externas e do aparecimento de radicais livres, responsáveis pelo seu envelhecimento precoce. O facto de ser rico em polifenóis, ácidos gordos e antioxidantes, nutre, protege e repara a pele", explica a CEO da Adega Mayor.
E qual é então o preço a pagar para ter a pele hidratada e cuidada? No caso do creme de mãos, de textura leve e sem deixar as mãos oleosas, custa 9€, e o creme de corpo de rápida absorção, que deixa na pele uma mistura do aroma cítrico a litsea cubeb e do reconfortante a ylang ylang, tem o valor de 15€. Em conjunto custam 24€ e pode comprar no site.