Na entrevista explosiva concedida a Oprah Winfrey, em março de 2021, os duques de Sussex revelaram que, durante a primeira gravidez de Meghan Markle, houve um membro da família real, cujo nome não revelaram, a levantar questões sobre o tom de pele de Archie. Mais de três anos depois desta afirmação, que causou muita controvérsia, parece que, afinal, não foi apenas uma pessoa a fazê-lo.
A notícia é avançada pelo "TMZ", tendo o novo livro de Omid Scobie, um jornalista e escritor britânico, como fonte. Em "Endgame: Inside the Royal Family and the Monarchy's Fight for Survival", que será lançado esta terça-feira, 28 de novembro, Scobie diz que a duquesa apontou dois nomes, numa carta que enviou ao rei Carlos III, no rescaldo da entrevista com a apresentadora norte-americana.
O jornalista garante saber quem foram os membros da família real a tecer comentários racistas em relação ao tom de pele do filho mais velho do casal, Archie. No entanto, afiança ainda que não vai torná-los públicos. "As leis do Reino Unido impedem-me de dizer quem eram", lê-se no tablóide.
Apesar de sempre ter sido um assumido apoiante da duquesa de Sussex, Omid Scobie, que também é conhecido pela sua proximidade ao casal, esclarece que não escreveu este livro – que diz ter revelações bombásticas – enquanto "amigo de Meghan" e garante que o par não esteve envolvido na obra.
Na entrevista com Oprah Winfrey, que foi para o ar em março de 2021, Meghan Markle revelou como, durante a gravidez do primeiro filho, começaram a ser levantadas questões, no seio da família real, sobre o tom de pele do mesmo – e de como este não teria direito a título ou segurança caso a sua pele fosse mais escura.
"Naqueles meses em que estava grávida, começou a haver, em paralelo, a conversa: 'Não lhe será dada segurança, nem um título'. Mas também surgiram preocupações sobre como a sua pele [referindo-se a Archie] poderia ser mais escura quando nascesse", disse a duquesa.
Por isso, o casal deu a entender que poderia haver a possibilidade de Archie dificilmente se tornar príncipe e, por isso, ter menos proteção. E a ideia de o filho "não estar seguro", a juntar ao facto de "não ser titulado da mesma forma que o outros netos", fez confusão ao casal, algo que pesou na decisão de, em 2020, abdicarem das funções de membros séniores da família real britânica.
Após a emissão da entrevista, e depois de muita especulação em relação à identidade de quem teceu este género de comentários, Oprah Winfrey veio a público, a pedido de Harry, dizer que nem o príncipe Filipe nem a rainha Isabel II estiveram envolvidos. Depois de uma resposta do Palácio de Buckingham, o irmão do duque de Sussex, o príncipe William, também fez questão de reiterar que a família não é racista.
Harry e Meghan conheceram-se em 2016, através do Instagram, tendo marcado vários encontros de seguida, conforme explicaram no documentário da Netflix, que estreou em dezembro de 2022. Desde então, nunca mais se largaram e subiram ao altar a 19 de maio de 2018. Em 2019, deram as boas-vindas ao primeiro filho, Archie, atualmente com 4 anos, seguindo Lilibet Diana, em 2021, já longe dos seus deveres reais e a morar nos Estados Unidos.