Humorista e uma autêntica autodidata na televisão portuguesa, não fosse Ana Arrebentinha comentadora residente no programa "Você na TV!", da TVI, e a estrela maior da série de humor "Arrebenta a Selfie", disponível na plataforma de streaming da estação de Queluz de Baixo, o TVI Player.

Entre comentários mordazes na Crónica Social do programa de Manuel Luís Goucha, juntamente com Flávio Furtado e Cinha Jardim, a humorista falou com a MAGG a propósito do seu percurso profissional  e também das saudades que sente do "seu" Alentejo.

Deixou a Amareleja, freguesia do concelho de Moura, em 2012 e nunca imaginou que o seu caminho passasse pela televisão. Rumou a Lisboa para estudar teatro, após deixar para trás o sonho de ser professora de educação física. Descobriu que tinha jeito para contar anedotas em brincadeiras com a família e os amigos, até que começou a ser convidada para atuar em eventos.

A humorista é muito agradecida à família por lhe ter proporcionado os estudos e a ida para a capital portuguesa, mas nunca baixou os braços e enquanto se dedicou a estudar teatro aproveitou também para trabalhar em restaurantes e conseguir ser independente.

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Confessa à MAGG que todos os dias sente saudades da família e das gentes do Alentejo. "São parte de mim e conhecem-me como ninguém". Mas nem só dos seus sente falta, Ana é uma verdadeira apreciadora da comida alentejana: "Tenho imensas saudades dos sabores e dos temperos, bem como do cheiro a comida caseira", diz.

Na hora de escolher um restaurante para jantar, Ana Arrebentinha não perde tempo. "Todos os restaurantes são bons na zona de Moura, a comida é toda feita com muito amor e carinho por pessoas que gostam de receber", frisou a artista, acrescentando que o pão alentejano, o queijo, as migas e o gaspacho são os seus petiscos favoritos.

A humorista diz-lhe onde deve ir no Alentejo

"Os meus restaurantes preferidos na Amareleja são a Adega Piteira e o Corte Velha", recomenda Ana Arrebentinha. "Depois temos também uma das melhores cervejarias do baixo Alentejo, que é a Cervejaria Pêra. Lá passamos sempre as tardes a petiscar, a beber e a viver", acrescentou.

Quando viaja pelo mundo, a artista gosta de visitar os museus e de perceber os costumes de cada país. No entanto, "o melhor museu do Alentejo é a sua paisagem natural", refere. Tal como "as pessoas mais velhas que trabalharam no campo e que sabem da terra e da natureza como ninguém, para mim este é o museu que eu recomendo".

Mas nem só na Amareleja pode encontrar boa gastronomia e paisagens incríveis. Ana Arrebentinha recomenda "que se sentem à mesa e que vejam o pôr do sol em Monsaraz", onde podem aproveitar as esplanadas e o ar puro que só naquela terra se sente. Bem como aproveitar para ir às adegas e ver como se faz o vinho e o azeite.

"Tenho muitas memórias da minha terra, até porque fui uma privilegiada por poder brincar na rua", refere, acrescentando que recorda os tempos em que se divertia com os amigos e de ter de regressar a casa só quando ouvia o grito da mãe: 'Ana Cristina anda já para casa'.

Ana Arrebentinha confidenciou à MAGG que quando era criança, chegou a ser levada pela polícia: "Lembro-me de ser rebelde ao ponto de achar que numa tarde tinha de partir os vidros do Centro de Saúde de Amareleja com uma pedra da calçada", disse. "A coisa não correu muito bem para o meu lado, até porque a GNR assustou-me e meteu-me dentro do carro para me levarem para a esquadra. Pensava que a minha vida ia acabar para sempre", frisou.

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"Lembro-me de ser maria rapaz, de jogar ao berlinde e estragar os ténis e as calças", recorda. "No fundo, fui um bichinho do mato, mas fui muito feliz no Alentejo", disse à MAGG, acrescentando que é lá que volta sempre quando quer gozar uns dias de descanso ou simplesmente para refletir.

"As pessoas devem visitar o Alentejo por tudo: pela sua gastronomia, paisagem, pelo seu pôr e nascer do sol, pelas estrelas que podem ser observadas a olho nu", recomenda Ana Arrebentinha.

No final da conversa, a artista ressalvou que o Alentejo deve ser mais preservado do que nunca. É que foi o destino de viagem de muitos durante a pandemia da COVID-19 não só por ter um número reduzido de infetados, mas também pela calma e tranquilidade que lá se encontra.

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