Duas das filhas de João Caldeira e de Graça Ribeiro Telles continuam internadas e com quadros clínicos difíceis um mês depois do acidente de viação que a filha do cavaleiro João Palha Ribeiro Telles teve e que vitimou Vicente, o filho de 2 meses do casal, e que levou a que a mulher e as outras quatro filhas fossem hospitalizadas.

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O estado de saúde de Graça, 6 anos, é o que continua mais reservado. “A recuperação está a ser lenta, mas tem havido uma ligeira recuperação das lesões abdominais que teve. O futuro neste tipo de lesões medulares é muito difícil, mas prognósticos só daqui a uns meses. Sofreu lesões graves na medula e a única coisa que joga a favor é mesmo o facto de ela ser muito nova. Esse risco [de não andar] existe desde o início e mantém-se, mas a Deus e à medicina nada é impossível”, disse João Caldeira à “TV Guia”.

Já Carmo, 7 anos, estará a recuperar bem do traumatismo craniano. “Face ao que era o quadro inicial, em que não sabíamos como iria acordar depois de começarem a retirar os sedativos e como seria a recuperação a partir daí, tem tido uma recuperação bastante boa. Ainda não há previsões de alta, até porque está muito condicionada fisicamente por causa das fraturas nas pernas. Mas vai no bom caminho e ao dia de hoje achamos que há uma probabilidade grande de ficar a 100%”, esclareceu.

A filha mais velha, Assunção, 9 anos, foi a primeira a ter alta e até já começou a ir à escola. Amélia, gémea de Graça, de 6 anos, também foi para casa há uma semana. A mãe foi para casa no final de novembro, sendo que tinha marcado presença no funeral de Vicente, mas dado o seu estado de saúde frágil não conseguiu assistir à cerimónia até ao fim.

Quanto à forma como as crianças estão a lidar com tudo o que tem acontecido, o pai garante que “tem sido difícil principalmente por causa do irmão”, Vicente, “mas com o espírito que lhes foi incutido sempre", apoiando-se "uns aos outros e a vida continua”.

Com duas das filhas ainda internadas, o luto do bebé de 2 meses ficou para segundo plano. “Infelizmente aconteceu o que aconteceu e automaticamente as prioridades ficaram todas viradas para elas que estavam em estado grave e muito grave. Sempre com aquele sentimento de perda pelo Vicente, mas teve que ficar para depois. Há uma tristeza e saudade muito grandes, mas estamos a aceitar a perda com fé e união e com a certeza de que temos um anjinho no céu a interceder por todos”, disse.