O futebolista de 31 anos casou-se a 7 de janeiro com Aisha Tamba, uma jovem senegalesa de 18 anos. O colega de Cristiano Ronaldo deu o nó dias antes do início da Taça das Nações Africanas, que arrancou a 13 de janeiro. A união entre o futebolista e a jovem está a gerar controvérsia não só pelo facto de Aisha ainda ser uma adolescente (de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a adolescência vai dos 10 aos 19 anos) mas também pelo facto de este ter sido um casamento combinado.
De acordo com o UOL, Sadio e Aisha nunca namoraram. A união foi combinada entre as famílias de ambos, que se conhecem há uma década. O casamento começou a ser planeado quando Aisha ainda era menor de idade, há dois anos, e foi nessa altura que o par se conheceu. "Provavelmente, Mané e seus pais viram algo de especial na minha filha. Então, procuraram-me para fazermos o acerto. Discutimos, como manda a tradição islâmica, concordámos em tudo e esperámos pela data do casamento", explicou Amadou Tamba, o pai da noiva, a um canal senegalês.
Aisha, que ainda está a estudar, irá permanecer no Senegal e não planeia, para já, mudar-se para a Arábia Saudita. Isso só acontecerá quando terminar o ensino secundário. Em declarações ao "Daily Mail", a jovem diz vir de uma família humilde e não estar deslumbrada por se ter casado com uma estrela do mundo do futebol. "Não estou habituada a ter tanta atenção porque somos uma família muito discreta. Não gostamos de nos expor e falar das nossas vidas. Sou uma pessoa muito terra a terra, foi como fui criada e nada vai mudar por causa deste casamento", disse a jovem.
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Aisha Tamba, cuja família é extremamente religiosa, sabe recitar excertos completos do Corão, livro que estuda depois das aulas. Também disse ao tabloide britânico que não tem redes sociais nem sabe quem é Georgina Rodríguez, namorada de Cristiano Ronaldo.
Os casamentos combinados são uma prática comum na religião muçulmana, professada pela maioria da população senegalesa. Não só as uniões entre pessoas do mesmo sexo são proibidas naquele país africano como a homossexualidade é considerada um crime, punível com prisão até cinco anos. De acordo com a Human Dignity Trust, organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos LGBTQ, as pessoas da comunidade são frequentemente perseguidas, sujeitas a detenções arbitrárias e alvo de violência no Senegal.