Maria de Lurdes Violante, comadre do cantor e mãe de Marquinho, abordou esta quarta-feira, 27 de novembro, no programa “Goucha”, na TVI, as notícias que têm saído sobre o conteúdo do testamento. “Claro que [o que tem sido noticiado] é ficção. Não é que eu tenha conhecimento de causa, não é? Eu não estava presente na leitura do testamento”, disse.

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Também esta quarta-feira, o “Jornal de Notícias” avança que Eduardo Ferreira, um bombeiro sapador de Braga há 15 anos e dirigente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, é um dos herdeiros da fortuna de Marco Paulo. Eduardo Ferreira será herdeiro de 10% dos cerca de 60 a 80 milhões de euros que o cantor deixou após a sua morte, a 24 de outubro, vítima de cancro, tal como confirmaram fontes ligadas ao processo.

Eduardo Ferreira, natural e residente em Braga, é casado e tem um filho, sendo o subchefe de segunda classe dos Bombeiros Sapadores de Braga. Marco Paulo conheceu-o em 2021, durante um jantar na cidade nortenha. Em 2023, o cantor alterou o testamento que tinha feito em 2009, incluindo os 10% para o bombeiro.

Joana da Costa Pereira, a advogada de Eduardo Ferreira, disse ao jornal que o bombeiro “deseja que sejam cumpridas todas as vontades de Marco Paulo”. Assim, o amigo de longa data António Coelho, também conhecido por Toni, ficará com 45% da herança, assim como filho deste, Marco António, afilhado de Marco Paulo.

Os dois irmãos do cantor, Ernesto e Alfredo, e os três sobrinhos não gostaram de ter sido excluídos desta divisão e recorreram ao advogado Pedro Proença, alegando que mantinham uma boa relação com o artista e que este não os iria querer fora do testamento. Como Maria de Lurdes Violante prestou declarações a órgãos de comunicação social onde afirmou que estes familiares não estiveram ao lado do artista, a família biológica de Marco Paulo pretendia avançar com uma queixa-crime contra a comadre do cantor, tal como o advogado disse ao "Correio da Manhã".

Além de ter deixado uma fortuna entre 60 e 80 milhões de euros no banco, terá deixado vários automóveis e um barco, oito imóveis e os seus respetivos recheios: uma quinta em Sintra, uma moradia no Algarve, dois apartamentos em Sesimbra, outros dois na Costa da Caparica, uma moradia na Flórida, nos Estados Unidos, e um apartamento em Paris, em França. Já o espólio artístico do cantor, além de discos de ouro e fatos, foram doados a Mourão, a terra onde nasceu, e os lucros vão reverter a favor das “crianças da província”, tal como disse antes de morrer.