Daisy Edgar-Jones é uma das novas caras adoradas de Hollywood. A atriz de 26 anos, que se popularizou por ser a protagonista da série "Normal People" ou "Tornados", ao lado de Glen Powell, tem estado debaixo dos holofotes pelo seu talento – e, claro, pelo seu estilo elegante e sofisticado.
Exemplo disso foi o vestido que usou este sábado, 7 de setembro, no Toronto Film Festival, onde compareceu para apresentar o seu próximo filme, "On Swift Horses". Para a ocasião, a artista, com a ajuda da sua stylist, Dani Michelle, elegeu uma criação Gucci. Era azul, tinha um tecido plissado e esvoaçante, com um decote em V, que ia quase até ao umbigo, e um xaile assimétrico.
E a atriz deixou que o vestido se assumisse como o centro das atenções da noite. Isto porque não usava nenhuma joia ou acessórios, a não ser brincos pequenos e discretos. Em relação ao calçado, emparelhou a criação da casa de luxo italiana com uns saltos brancos bastante simples.
Foi vista a posar com o elenco do novo filme, que inclui nomes como Jacob Elordi, Bryce Kass, Sasha Calle, Diego Calva, Kat Cunning, Will Poulter, Luke Montpelier. Este vai contar com a realização de Daniel Minahan e é a adaptação do romance homónimo de Shannon Pufahl, que ganhou um prémio de ficção lésbica, diz o "Deadline".
Mas, afinal, quem é Daisy Edgar-Jones? De onde vem? Quando é que começou na representação e quanto tempo demorou até ascender ao estrelato? Nós temos as respostas, caso tenha curiosidade em descobrir mais sobre a atriz.
Começou cedo na representação
Daisy Edgar-Jones sempre soube que queria ser atriz, segundo a "Hello!". O bichinho da representação começou a dar o ar da sua graça quando participou na sua primeira peça, quando ainda estava na escola primária. Aos 14 anos, começou a estudar na National Youth Theatre, uma prestigiada escola de representação, na qual apenas 8% dos candidatos são aceites.
Contudo, foi só aos 17 anos que conseguiu o seu primeiro grande papel, que começou pela televisão britânica. Em causa está a série de comédia dramática "Cold Feet", na qual interpretou Olivia Marsden, que lhe permitiu ser reconhecida pelo seu talento, apesar de ainda ser apenas uma adolescente.
Antes de se tornar numa autêntica estrela, Daisy Edgar-Jones também apareceu em "Silent Witness" e em "Gentleman Jack", a par de ter tido um papel de destaque em "Guerra dos Mundos", onde encarnou Emily Gresham. Depois de ascender ao estrelato, a atriz só teve mais um papel em televisão – em "Em Nome do Céu", ao lado de Andrew Garfield –, tendo-se dedicado ao cinema desde então.
"Normal People" tornou-a numa estrela
Embora Daisy Edgar-Jones já fosse conhecida no Reino Unido, foi com a adaptação televisiva de "Normal People", que estreou em 2020, que se popularizou no resto do mundo. A série, que é uma adaptação do romance homónimo de Sally Rooney, e que foi bastante elogiada pela crítica, fez com que Daisy rapidamente se tornasse num nome de destaque.
A artista deu vida a Marianne Sheridan, a protagonista. A série explora a relação desta personagem com Connell Waldron, interpretado por Paul Mescal. Ambos os jovens são Irlanda e, apesar de terem origens sociais diferentes, desenvolvem uma forte conexão emocional e física, que é alimentada em segredo.
Graças a este papel, Daisy Edgar-Jones foi nomeada para vários prémios. No caso dos Globos de Ouro, conseguiu a nomeação para a categoria de Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme, sendo que o mesmo se aplica aos Critics Choice Awards. No que diz respeito aos BAFTA, esteve nomeada na categoria de Melhor Atriz, de acordo com o IMDb.
No currículo, Daisy Edgar-Jones tem apenas um galardão: o Leopard Club Award, diz a "Variety". Este foi conquistado no Festival Internacional de Cinema de Locarno, um dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo, realizado anualmente na Suíça. O prémio é atribuído como reconhecimento da carreira de atores e atrizes que marcaram a história do cinema.
O pai é uma figura influente da televisão britânica
A atriz, atualmente com 26 anos, nasceu a 24 de maio de 1998, em Londres. E foi graças à família que conseguiu entrar para a indústria cinematográfica – nomeadamente por causa do pai, que é uma figura televisiva bastante reconhecida do mundo do entretenimento. Estamos a falar de Philip Edgar-Jones, que é diretor de programas no Sky Arts, avança o "Metro".
Este canal é conhecido por promover as artes e a cultura em solo britânico, dos quais se destacam produções teatrais, filmes, documentários e música. A par disto, a carreira do pai da atriz também passou pela produção-executiva de reality shows, como é o caso da versão britânica do "Big Brother", um dos formatos mais conhecidos e replicados mundialmente.
De acordo com a atriz, o pai ajudou-a a preparar-se para a fama. "O meu pai tinha uma ótima perceção de como lidar com alguma forma de atenção. Deu-me a 'conversa da desgraça', como lhe chamava, que era algo que costumavam fazer aos concorrentes do 'Big Brother', em que lhes falavam sobre como era a fama", disse, citada pela "Grazia".
"Ele era bom a dizer: 'Mantém a cabeça fria, mantém os pés no chão, não te deixes levar por nada. Continuas a ser tu, não mudaste, mesmo que as pessoas à tua volta tenham mudado'", continuou a artista, replicando os conselhos que o progenitor lhe passou ao longo do percurso.
Tem raízes irlandesas
Apesar de ter nascido e sido criada em Londres, Daisy Edgar-Jones está ligada à Irlanda do Norte, graças à mãe, Wendy Edgar-Jones, que é irlandesa. Também a mãe faz parte da indústria do entretenimento, tendo sido editora de filmes dramáticos (embora agora trabalhe no sector imobiliário), diz o "The Tab".
Embora sempre se tenha sentido próximas das suas raízes, a conexão intensificou-se quando foi escolhida para interpretar Marianne Sheridan em "Normal People", já que a personagem também é irlandesa e o o enredo se desenrola, em grande parte, na Irlanda. Para se preparar para o papel, a artista mergulhou na cultura para dar mais autenticidade à personagem e até trabalhou no seu sotaque, de acordo com o "Independent".
“Adoro trabalhar com sotaques porque acho que é muito fácil diferenciarmo-nos da personagem se tivermos uma voz diferente da dela", explicou, citada pela mesma publicação. No entanto, trabalhar nesta pronúncia especificamente não foi fácil. "Foi algo que me deixou mais nervosa porque a minha mãe é irlandesa", frisou.