O julgamento que opõe Johnny Depp a Amber Heard começou a 11 de abril e as alegações finais aconteceram apenas a 27 de maio. Mas o caso está para durar, dado que os jurados continuam sem chegar a uma conclusão. Ao segundo dia de deliberações, 31 de maio, os sete jurados (escolhidos por sorteio entre os nove que acompanharam o julgamento) não chegaram a um veredicto e ainda colocaram uma questão à juíza Penney Azcarate.

Kate Moss em tribunal sobre Johnny Depp. "Nunca me empurrou, pontapeou ou atirou de nenhumas escadas”
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Em causa estaria se, para o processo que Depp impôs à ex-mulher, acusando-a de difamação a propósito de um ensaio que a atriz assinou para o "The Washington Post" em 2018, os jurados deviam considerar apenas o título — "Falei contra a violência sexual — e enfrentei a ira da nossa cultura. Isso tem de mudar" — ou o artigo no seu todo, escreve o "Público".

O tema gerou dúvidas dado que o ensaio não fez parte do julgamento, e a juíza norte-americana acabou por responder que apenas a declaração de Amber Heard no título deveria ser tida em conta para alcançar um veredicto.

O julgamento dos dois atores arrastou-se por quase dois meses. De um lado, Johnny Depp começou por processar Amber Heard por difamação e exigiu uma indemnização de 50 milhões de dólares, alegando que o ensaio de 2018 — que descreveu Depp como um agressor e Heard como uma vítima de violência doméstica — causou sérios danos à sua carreira e ditou a sua saída dos filmes do universo "Monstros Fantásticos" (Depp foi substituído por Mads Mikkelsen na última produção da saga), bem como do sexto filme de "Piratas das Caraíbas".

Por outro, Amber Heard interpôs uma contra-acção em dobro, no valor de 100 milhões de dólares (93 milhões de euros), e acusou o antigo advogado do ex-marido, Adam Waldman, de ter feito vários declarações que também prejudicaram a sua carreira. Um dos exemplos foi o momento em que Waldman descreveu como "embuste" as acusações de violência doméstica que Heard afirmou ser vítima, salienta também o "Público".